Duquinho diz que Duque quebrou compromissoPublicado às 18h25 desta quinta-feira (21)

Faltando cerca de 10 meses para mais um embate eleitoral em Serra Talhada, o clima político só tende a esquentar na cidade. Em entrevista ao programa Farol de Notícias, na semana passada, o empresário João Duque Filho fez questão de tocar numa ‘ferida’ que parece difícil de cicatrizar dentro do grupo governista: o caso do vice-prefeito Márcio Oliveira.

Segundo ‘Duquinho‘, houve de fato uma quebra de compromisso por parte do seu irmão e também rival político, o prefeito Luciano Duque, para com Márcio, o qual achava que teria o apoio de Luciano para a chapa majoritária do governo em 2020. Cenário que, conforme os sinais, não irá acontecer [veja carta escrita por Márcio].

“A gente sabe que não existe uma satisfação no total [dentro do grupo do prefeito], havia uma promessa que é negada, mas existia! Do vice-prefeito Márcio Oliveira ser o o sucessor, ser o candidato a sucessão [de Luciano]. Márcio nega isso hoje, mas no passado não [negava]. A gente sabe muito bem que Márcio [Oliveira] era o sucessor, foi um compromisso assumido. Márcio, depois, isso eu soube de uma conversa aí na Prefeitura, que houve o recuo e ele continua lá, sorrindo e satisfeito junto do prefeito, mas a gente sabe que ali não há uma satisfação total [no grupo], nem dele e nem de vários outros”, garantiu.

JOGADA POLÍTICA

Duquinho também analisou o fato de Luciano contrair um empréstimo de R$ 4 milhões para calçar ruas em cima de um ano eleitoral. Ele alerta para o fato da dívida sobrar para o gestor que irá assumir em 2021. “Eu acredito que sim [que é estratégia política]. Se havia intenção [do prefeito investir em calçamento], então porque não antes? [de 2020]. Porque só agora? Na véspera de uma eleição. A gente já terminou o ano e no seguinte já é eleição. E aí você joga um projeto desse, de R$ 4 milhões em empréstimo ao Banco do Brasil”, alertou.

“Uma verba que a Prefeitura vai ter que desembolsar para pagar, então, o momento não era para agora. Por que não foi feito 3 ou 4 anos antes? Na primeira gestão?”, disse o empresário, voltando a questionar. “Por que não se pleiteou essa verba antes, e já fica tudo pronto [os calçamentos] e a Prefeitura já vinha pagando… Mas fazer agora, na véspera da eleição e deixar o pepino para o próximo gestor? Inclusive em um ano quase eleitoral? Então é jogada política, não tem como não ser. Nada contra se fazer obras em Serra Talhada, quanto mais melhor, mas o momento não era esse [de pedir o empréstimo]”.

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