Publicado às 05h52 deste domingo (21)

Por Dr. Clóvis Carvalho, médico serra-talhadense

Bom Senso, acima de tudo!

Neste momento precisamos ser racionais. Separar o que é essencial e não essencial. Mas, vamos buscar um tempo mínimo de recesso porque todos precisam sobreviver.

A população precisa fazer sua parte: não adiante fechar as atividades econômicas não essenciais com as festas rolando em chácaras e residências, bancos  e lotéricas lotados, sem o devido distanciamento e o povo passeando pelas ruas favorecendo a transmissão da doença.

Podemos assegurar que a medida MAIS EFICIENTE neste momento para evitar a transmissão da doença é o uso da máscara corretamente, distanciamento social, lavagem das mãos com água e sabão ou uso do álcool gel.

Para isso, precisa existir disciplina. “Não adianta está de máscara, coçando o nariz e a boca ou com o nariz descoberto, dando abraço e aperto de mão”.

Queremos lembrar da importância do tratamento precoce implantado no município durante a primeira onda que evita de forma significativa a evolução da doença para as formas moderadas e graves com a respectiva diminuição da necessidade de leitos hospitalares e de UTI. Vamos reforçar com a secretária municipal Lisbeth Lima, que é experiente em gestão de saúde, e a prefeita Márcia Conrado, responsável pela implantação na primeira onda que será um grande passo.

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Não sabemos por quanto tempo vamos conviver com esta pandemia e  não podemos subestimar esta segunda onda que chegou de uma só vez em todo o país, diferente da primeira que começou pelo litoral e depois foi paulatinamente se interiorizando. Já é evidente o estresse do sistema de saúde público e privado, com uma média de 2.700 mortes diárias.

A vacina chegou e cada vez será maior a produção e a oferta da indústria para imunizar a população.

Sem dúvidas, o lockdown não é apenas uma decisão afoita das autoridades, mas uma necessidade premente guiada pela capacidade do sistema de saúde. Lembro que nenhum país rico do mundo com excelente sistema de saúde, estava preparado para enfrentar a pandemia. Todos foram obrigados a fazer lockdown e agora estão fazendo novamente com a terceira onda da doença que recrudesceu na Europa.

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Trata-se de um consenso na comunidade científica, desde a grande pandemia da Gripe Espanhola vivenciada pelo mundo há 103 anos atrás, com a morte de mais de 50 milhões de pessoas, mundo afora. Inclusive, matou o presidente eleito do Brasil que não assumiu o segundo mandato, Rodrigues Alves ( 1902 e 1918), em janeiro de de 1919.

Claro que é importante acompanhar os números de casos, as mortes e a capacidade instalada do Sistema Único de Saúde Macro-Regional; bem como, a origem dos pacientes que superlotam seus leitos.

Lembro ainda que não podemos ser egoístas e pensar em fazer reservas de leitos somente para nossos pacientes, o sistema é ÚNICO; todavia, será um sinalizador que revelará se a intensidade do problema está aqui ou em outra região do estado.

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Hoje, o planeta está muito mais preparado para o enfrentamento de uma pandemia, apesar de estar de joelhos diante dela e ainda não avistou um horizonte. Porém, o mundo hoje dispõe de muita tecnologia agregada à Saúde e à Indústria Farmacêutica. Mais de 200 vacinas estão em desenvolvimento.

Vivemos momentos difíceis!

A Pandemia da gripe espanhola demorou cerca de 2 anos para acabar. Outras epidemias que assolaram o nosso país também passaram e a COVID também va passar.

QUEM VIVER, VERÁ!