Uma semana depois, o governo mandou para Serra Talhada a cúpula da segurança em Pernambuco e até o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, na companhia do comandante da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) fizeram promessas de combate ao crime. O único avanço foi o envio de um delegado especial para apurar as mortes. E só. Dos 36 assassinatos, menos da metade os autores foram localizados. E o duplo homicídio que aconteceu em 22 de março de 2014, nas proximidades do Colégio Cônego Torres, ainda hoje não se sabe de nada.
E não adianta culpar a Polícia Civil pela demagogia do governo. Muito pelo contrário. Os bravos policiais civis de Serra Talhada fazem das ”tripas coração’ e trabalham, muitas vezes, na base do improviso sem condições técnicas para avançar nas investigações. Além do baixo salário e da rotina dura de trabalho, o efetivo é insuficiente para uma cidade de com quase 100 mil habitantes.
Da mesma forma anda a PMPE. Ainda há muito improviso na segurança pública e os policiais são insuficientes para uma cidade que vem vomitando casos diários de tráfico de drogas, roubos, furtos, e, como se não bastasse, crimes de vingança.
Por enquanto, as mãos do Estado estão sujas de sangue de serratalhadenses. Acuados, os homens e mulheres de bem da Capital do Xaxado não devem se calar. Muito pelo contrário. É necessário ir às ruas e cobrar respostas para os crimes e punição para os culpados. Não tem outra saída.
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