IML[1]Neste final de semana Serra Talhada aumentou mais um ponto na contagem triste de crimes em 2015. Foi o 11º assassinato de um ser humano, ocorrido no bairro Universitário. Mais um crime para ser desvendado pela Polícia Civil da Capital do Xaxado.

Mas, hoje o nosso foco é outro. O corpo da vítima, João Batista, foi levado para o necrotério do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam) e se transformou em mais um espetáculo macabro para o deleite das redes sociais. Frio, somente de cueca, e cheio de sangue, João Batista se tornou, após morte, uma celebridade instantânea. A velocidade do WhatsApp revelou, novamente, a omissão do hospital.

Afinal, como é possível ter tanta liberdade num local que deveria ter restrições? Nem mesmo o vereador Cícero Fernandes, o ‘Cição’, assassinado em Serra Talhada, foi poupado. Pior: seu corpo foi fotografado dentro da sala de cirurgia. Novamente, um troféu para os ‘carcarás sanguinolentos’ das redes sociais.

Até hoje, a direção do Hospam e a Polícia Civil não revelaram quem foi o ‘paparazzi’ responsável pelo furo macabro. Nenhuma nota. Só o silêncio. Agora, com João Batista, o enredo acontece no mesmo cenário. Novamente, o silêncio impera diante daqueles que seguem impunes, porque acreditam que a exposição de seres humanos; sem vida e seminus, dão Ibope.

Até quando? E quem será a próxima vítima? Aos familiares… o peso da dor. Ao Hospam, o dever de tentar fazer tudo diferente. Antes que seja tarde.