Deixo claro que o instrumento do recadastramento não é uma novidade do Partido dos Trabalhadores (PT). Os ex-prefeitos Augusto César, Geni Pereira e Carlos Evandro fizeram a mesma coisa. O instrumento é legítimo, mas não é o mais importante neste momento. Para cobrar dos servidores, o prefeito, antes de tudo, teria que dar o bom exemplo de abrir a “caixa preta” dos cargos comissionados, números de veículos locados e quantidade de prédios privados pagos com o dinheiro público.
Quantos são e quais os salários dos cargos comissionados da gestão petista? O que fazem? Realmente prestam serviços públicos ou vivem nos balcões bajulatórios do governo? Antes de cobrar seria necessário o exemplo. Afinal, os tempos são de transparência, mas nada está claro no site da Prefeitura de Serra Talhada.
Nos recadastramentos anteriores foram apontadas distorções pontuais. Será que encontraremos um exército de funcionários fantasmas ganhando sem trabalhar? E em se confirmando, a culpa será do ex-prefeito Carlos Evandro quando o atual prefeito foi o vice por oito anos? São perguntas que precisam de respostas diante um factóide sem tamanho criado por setores do governo.
A gestão Duque está inerte à espera de algo grandioso. Não será um recadastramento que vai dar brilho a esta gestão. Ainda falta alma e empatia com a população. Por fim, não entendemos ainda porque a Portaria 350/2013, que instituiu o recadastramento, foi assinada pela secretária-executiva Maria Joana da Silva. Com a palavra, o secretário de Administração Girvan Barros.
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