Publicado às 13h20 desta quarta-feira (16) – Foto Arquivo Farol

A mais nova crise entre o vereador governista Sinézio Rodrigues e Luciano Duque está só começando. Num recado duro ao gestor, nessa terça-feira (15), o parlamentar disse que o prefeito pode lhe “tirar tudo” que isso não irá mudar sua “coerência e consciência”, numa clara menção a benesses e cargos mantidos por Rodrigues junto ao governo municipal.

Falando ao Frequência Democrática, Sinézio abriu o verbo para denunciar que Luciano praticou “contrabando legislativo” enviando um projeto para a Câmara Municipal (CMST) com um objetivo, mas que no seu interior escondia um ‘jabuti’, isto é, propostas totalmente diversas da matéria central [veja aqui], as quais praticamente põem um fim nos quinquênios dos servidores.

“Não calo minha boca, não tenho problema se ficar isolado na Câmara [Municipal], mas quero que a maioria dos vereadores tenham a consciência que não aprovaram isso aqui. E se a base do governo soubesse usar o poder que tem, chegava para o prefeito e dizia: ‘prefeito, é uma questão de honra, revoga esses dois artigos, não pode fazer isso com a gente não'”, aconselhou o vereador provocando os pares de Casa Legislativa:

“Mas [os vereadores] não usam a força para o bem do servidor, usam para barganhas. E barganha para mim não serve. E a partir de hoje eu não sei qual é o tratamento que o governo Luciano Duque vai me dá… Eu só sei de uma coisa: ele [Luciano] pode me tirar tudo, e que tire! Mas minha consciência e minha coerência política ninguém tira”.

FIQUE POR DENTRO 

Sinézio foi à imprensa denunciar o que classificou como “ilegalidade”, “desonestidade” e “má fé” da gestão municipal contra mais de 2 mil servidores efetivos da Prefeitura, ao dizer que artigos dentro de um projeto do governo acabam com o direito ao recebimento de um adicional por tempo de serviço a cada cinco anos, o chamado quinquênio. E ainda gera efeitos nocivos à licença prêmio da categoria.

O problema é que o projeto já passou na Câmara Municipal com a aprovação do próprio Sinézio, que alegou não ter visto os artigos “jabutis”. “Passou despercebido”, alegou ele. Fazendo um mea culpa, o parlamentar informou que buscou o prefeito para explicar a falha. Apesar do pedido de reconsideração feito a Luciano, Sinézio revelou que recebeu um não e enfrentou a provocação de assumir um lado na batalha. “Então vamos lá”, devolveu o petista, comprando a briga.

LEIA MAIS

Vereador acusa Duque de ‘contrabando legislativo’