Duque - BrasíliaUma semana após a denúncia do ex-secretário de Educação, Israel Silveira – que disse que o prefeito Luciano Duque havia deixado de repassar, para a educação municipal, R$ 2,7 milhões nos seis primeiros meses de governo – a gestão duquista emitiu nota em resposta.

Silveira provocou a Câmara Municipal para investigar o caso e se colocou à disposição dos vereadores para esclarecimentos. Na réplica governista, transmitida por uma rádio local, o professor é chamado de “presunçoso” e “arrogante”.

Ainda, na nota, a gestão duquista declarou ser “triste” que o professor levante “suspeitas infundadas” sobre procedimentos técnicos da administração a qual fez parte. E que o docente foi “rude” ao tentar induzir a população a “questionamentos errados” sobre movimentações financeiras da máquina pública.

Segundo a Prefeitura, foram repassados para a educação em 2013 mais de 25% do orçamento municipal. “Repassamos 26,85% e não se faz necessário levantar suspeita sobre isso”, aconselhou o governo Duque, voltando a atacar a gestão do professor Israel Silveira, que atuou também no governo do ex-prefeito Carlos Evandro.

“Por falta de planejamento mais rigoroso, o gestor anterior da pasta da Educação deixou como herança para pagar mais de R$ 7 milhões. Contas que não foram feitas no nosso governo. O ex-secretário montou uma estrutura com despesas bem maiores que as receitas e com os débitos acumulados vindo caírem em nossas mãos”.

A gestão duquista afirmou ainda que a retirada de funcionários da Educação ligados ao professor Israel Silveira, “nunca foi motivada por perseguição política ou pessoal”, mas pela natural necessidade de adequação de despesas e para a formação da equipe do novo gestor, Edmar Júnior.

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ESCLARECIMENTOS

Após as denúncias do professor acerca da falta de repasse na ordem de R$ 2,7 milhões, o vereador da oposição, Gilson Pereira (PSD), prometeu convocar o ex-secretário para relatar o caso em plenário. “O que o ex-secretário declarou é muito grave. Eu já tinha escutado algo parecido. Mas agora tudo muda uma vez que partiu de alguém que estava dentro do governo”, disse Pereira, em conversa com o FAROL.

Um outro ponto que chamou a atenção de Gilson Pereira foi algo que Israel Silveira deixou no ar. Segundo o ex-secretário, o prefeito Luciano Duque queria que o coordenador da pasta da Educação passasse um “rolo compressor sobre os seus princípios” e no que acreditava.