'Escândalo das Propinas' no MEC travou verbas para ST

Fotos: Farol de Notícias/Licca Lima

Publicado às 09h50 deste sábado (22)

O secretário de Obras de Serra Talhada, Cristiano Menezes, ‘abriu o coração’ e teceu, além de esperanças, verdades com relação ao ritmo de obras na capital do xaxado. Durante o programa Falando Francamente, na TV Farol, Menezes fez elogios à disposição da prefeita Márcia Conrado, mas lamentou alguns entraves, principalmente na área da educação, por conta da postura do governo Bolsonaro.

“Nós tivemos duas reuniões depois da eleição, reuniões administrativas. Em uma delas, eu disse à prefeita que agradecia a questão dela ter o entusiasmo, de colaborar com a parte que é de recurso próprio, que é da gestão, para que essas coisas que são do governo federal, do governo do estado, pudessem avançar. Têm coisas que infelizmente não avançaram, mas fogem à nossa gestão. Por exemplo, nós temos escolas do bairro Vila Bela, que com recurso primordial, 98%, 95% do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), e antes daquele escândalo das barras de ouro [Pastores evangélicos em busca de propinas] já era muito difícil chegar recurso do FNDE. De lá para cá, acabou. Nós temos uma escola da Cohab que está relicitada, tem R$ 10 mil em conta. O cara vai retomar, não vem recurso, vai paralisar. Nós temos a creche do Mutirão, da mesma forma, tem R$ 155 mil em conta. O cara está lá executando, vai gastar os R$ 155 mil, não vai chegar. Por que não vai chegar? Não vai chegar porque o governo federal não manda”, lamentou.

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Ainda durante a entrevista, Cristiano Menezes explicou que também há projetos para construção de uma escola no residencial Vanete Almeida, que o Banco do Brasil ainda não apresentou uma solução. “Um dos compromissos do município é a construção de equipamentos dentro do Vanete, está sendo construída uma escola lá. A obrigação do governo federal é mandar 20% do valor da escola, a parcela inicial. 20% representaria R$ 700 e poucos mil, chegou R$ 150 mil. O cara executou as fundações, o tapume, a placa, e já disse que vai parar. Não veio dinheiro”, disse o secretário, alertando:

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“Infelizmente, nós chegamos no momento do país e da administração federal, que está difícil para os municípios. A perspectiva que eu tenho é que 2023 seja muito difícil, porque todas as atitudes que foram tomadas ao longo dos últimos quatro anos, é preciso que haja um freio de arrumação, porque se não a gente não sabe onde vai chegar, liberando obras sem recursos disponíveis, e cobrando que se inicie. É um círculo que ninguém entende. Libera a obra com pouco recurso. Eu sou obrigado a iniciar, porque o sistema aparece para alimentar. Eu não consigo, trava o município. Só quem está dentro da administração pública entende. É uma tensão enorme. A prefeita Márcia tem passado por muita dor de cabeça, porque está muito mais difícil”. 

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