Por Clayson Cabral, jornalista serra-talhadense

Bem vindos ao mais novo baile de máscaras da sociedade. Antigamente, os bailes de máscaras tinham todo um glamour onde pessoas de alta classe usavam suas máscaras mais requintadas e enfeitadas, para dar aquela impressão de poder e também de atração para as festas, e tempos depois, deu origem ao carnaval.

Mas atualmente esse “baile de máscaras” é outro, sem charme e brilhantina. Ao invés disso, o brinde da festa é álcool 70 e sabão, lágrimas, dor e a morte de pouco mais de 70 mil vítimas, isso só no Brasil. A falta de ar e febre acima de 39 graus são suas características principais, fez com o que o sistema público de saúde entrasse em colapso. Já são tantos corpos que faltou até cemitério para o descanso de tantas vítimas, pois é esse é nosso novo “baile” chamado Covid-19 onde hoje vivemos de máscaras o tempo todo e no mundo todo.

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Não podemos dançar “agarradinho”, seria falta grave com a saúde do próximo, nem mesmo o aniversário de um amigo ou parente está fora de cogitação aquele abraço, é uma festa onde deve-se manter distância rico, pobre, classe média não importa, estão na mesma situação. A única comunicação são olhos e fica tão difícil identificar pelo olhar. Ficamos sem saber, as vezes, se a pessoa por trás da máscara esta sorrindo, chorando ou rezando quando a cumprimentamos ou contamos uma piada com a voz “abafada”.

Os fins de semana deram lugar às maratonas incansáveis de lives infinitas de grandes artistas conhecidos. A internet se tornou nossa maior aliada nos grupos das empresas e dos deliverys de restaurantes pizzas, cervejas e outros serviços e, finalmente confinados em casa, lemos aquele livro que a muito estava abandonado no fundo da cômoda o tempo agora sobrou mais do que farinha. Bem Vindos ao “Novo Normal” nosso maior lema agora é Ficar em Casa.