Do  CNN Brasil

Uma multidão em Charleston, na Carolina do Sul (EUA), começou a remover a estátua de John C. Calhoun nas primeiras horas desta quarta-feira (24), segundo a polícia local. Calhoun, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, ficou conhecido por defender a escravidão e possuir cerca de 80 escravos.

Por suas conexões com a injustiça racial e a escravidão, estátuas polêmicas vêm sendo retiradas por manifestantes e autoridades em diversas cidades, após a morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, que foi assassinado por um policial branco durante uma abordagem. Mas esses monumentos, principalmente de confederados, são assunto de debate nacional há anos no EUA.

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Na noite dessa terça-feira (23), a Câmara Municipal de Charleston aprovou, de forma unânime, uma resolução para remover a estátua de Calhoun, informou a emissora WCSC, afiliada da CNN.

“Há um senso de unidade avançando para a conciliação racial nesta cidade”, disse o prefeito John Tecklenburg, depois da votação. “Deus abençoe todos vocês.” O encontro, com comentários de políticos e do público, durou duas horas.

O parlamentar Peter Shahid disse que era hora de o monumento ser substituído por símbolos de união. “A estátua tem servido como um símbolo de divisão em nossa comunidade e não precisamos disso”, afirmou ele. “Precisamos de símbolos que nos unam e não que nos separem”. Antes da remoção da estátua, a cidade teve que verificar se tinha o direito de removê-la.

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Outro monumento também está em processo de retirada nesta quarta. No domingo (21), uma multidão em Raleigh, na Carolina do Norte, começou a remover a estátua de quase 23 metros de altura de um soldado confederado localizada em uma propriedade do governo, informou a emissora WRAL, também afiliada da CNN. Uma parte da base chegou a ser removida com a ajuda de um guindaste nas primeiras horas desta quarta.

A retirada começou depois que o governador Roy Cooper ordenou a remoção de monumentos confederados, após uma noite de protestos. Cooper afirmou que a ordem foi decretada para proteger a cidade contra o perigo de indivíduos tombarem as estátuas por conta própria, levando a confrontos.

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“Isso é uma metáfora para todos os outros sistemas que estão sendo derrubados”, disse Iliana Ewen, moradora de Raleigh, à emissora. “Este é um ótimo símbolo para apoiar e celebrar essa mudança.”