Publicado às 18h30 desta sexta (25)

O Farol recebeu, nesta sexta-feira (25) em nossa redação, a auxiliar de serviços gerais Girlene Souza, 36 anos (foto), mãe da estudante da Escola Solidônio Leite, Gyslane Ágda, de apenas 17 anos, assassinada de forma cruel em setembro do ano passado no bairro da Caxixola [relembre]. O acusado, réu confesso, Alexsandro da Silva Aureliano, 24, será julgado no próximo dia 8 de julho no Fórum de Serra Talhada. Girlene teme que a justiça não seja feita e abriu o verbo numa entrevista polêmica.

ENTREVISTA GIRLENE SOUZA

FAROL – Olá, Girlene. Seja bem vinda a nossa redação. Do crime para cá são 9 meses difíceis…

GIRLENE SOUZA – Sofrimento, porque perder uma filha em um assassinato brutal, naquela situação e depois receber a notícia que vai ser no dia 8 de julho e através da numeração do caso, que uma pessoa minha acompanhou o caso, percebeu que no dia 15 de setembro ele recebeu habeas corpus, mas graças a Deus e com a força da justiça divina o promotor do estado não permitiu.

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FAROL – A senhora teme que ele seja inocentado?

GIRLENE SOUZA – Eu peço justiça, porque isso é injusto, uma pessoa declarou que matou, porque estava com vontade de matar e depois o advogado querer tirar uma pessoa sabendo que está culpado. Ele disse que tinha matado minha filha, graças a Deus que o promotor no estado não liberou.

FAROL – O que você espera nesse dia 8 é a garantia da prisão…

GIRLENE SOUZA – Eu espero que a justiça seja feita, espero que ele seja julgado e condenado.

FAROL – Qual é o seu maior medo?

GIRLENE SOUZA – Por conta da notícia que eu soube, a gente fica até preocupado com medo de uma pessoa dessa ser liberada no dia do julgamento, uma pessoa que disse que tinha feito aquilo com uma adolescente e ser liberado?! Quero que vejam esses exames que foram feitos nela e nele, quero que ele seja condenado.

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FAROL – Além disso você teme mais o quê?

GIRLENE SOUZA – Tenho medo… Eu trabalho, tem minha menina pequena de 3 anos e não só eu, como a comunidade, a cidade, porque do mesmo jeito que ele fez com ela, ele pode fazer com qualquer uma, não é só comigo, o medo não é só para mim, é para qualquer pessoa da comunidade, qualquer jovem, eu não quero que nenhuma mãe sofra o que eu venho sofrendo até hoje nesses 9 meses, só Jesus que me dá força nesse momento que venho passando.