Do Diario de PE

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (27), seu maior crescimento trimestral em quatro anos, para a alegria do presidente Donald Trump, que se vangloriou deste “milagre econômico” e prometeu uma maior expansão da primeira economia mundial.

No segundo trimestre do ano, o PIB americano cresceu 4,1%, maior taxa de todas as economias desenvolvidas. Sujeito a duas revisões, o percentual é o maior para um trimestre desde o último de 2014.

“Estamos a caminho de alcançar a maior taxa de crescimento anual em 13 anos”, disse Trump na Casa Branca. “Por onde se olhe, veem-se os efeitos do milagre econômico americano”, afirmou.

A aceleração do segundo trimestre é, em boa parte, resultado dos estímulos econômicos e dos cortes de impostos instaurados em dezembro.

No entanto, economistas destacaram que poderia ser um resultado passageiro, atribuído a diversos fatores temporários, inclusive à excepcional recuperação comercial após o confronto de Trump com a China.

O resultado robusto fez com que o crescimento anual ficasse acima dos 3%, superando, assim, a meta da Casa Branca, e em um ritmo mais veloz do que o dos últimos anos.

Trump disse que os Estados Unidos despertam “a inveja econômica do mundo” e acrescentou: “vamos subir mais”.

Entre abril e junho, o gasto dos consumidores teve sua maior alta em quatro anos, graças aos americanos, que compraram mais carros e gastaram mais em saúde, habitação, restaurantes e hotéis, segundo boletim do Departamento de Comércio.

As compras de bens aumentaram 5,9%, estimuladas pelas vendas de carros, enquanto o setor de serviços cresceu 3,1%.

Mas o resultado também tem outro motor que se mostra incomum: as exportações subiram 13,3%, graças a maiores vendas de óleo e grãos de soja, que agora enfrentam tarifas alfandegárias da China.

Analistas dizem que este aumento é consequência dos estoques formados por importadores chineses antes que Pequim aplicasse em julho taxas em represália às dos Estados Unidos. Consequentemente, consideram previsível que estas exportações caiam no terceiro trimestre, influenciando o crescimento do PIB.