O ex-presidente da Casa da Cultura, Tarcisio Rodrigues, solicitou direito de resposta ao FAROL após a entrevista concedida pelo prefeito Luciano Duque (PT), nesse sábado (18). 

Conversando com os repórteres Giovanni Sá e Paulo César Gomes, por telefone, Duque alertou sobre um ‘calote’ deixado pelo presidente da Casa da Cultura, com relação aos músicos da Filarmônica Vilablense, que não recebem um salário de R$ 270 a 5 meses (relembre).

Leia a nota de Rodrigues na integra.

Nota do ex-presidente da Casa da Cultura de Serra Talhada

Em resposta a matéria publicada neste sábado no Farol de Notícias “Duque fala sobre calote na Filarmônica e diz que ex-gestor é quem deve explicar a falta de pagamento”, publicado neste blog, onde o prefeito Luciano Duque diz que o ex-gestor da Fundação deu ‘calote’ eu, Tarcisio Rodrigues, venho fazer o que ele solicitou e explicar o ‘calote’ da Filarmônica Vilabelense.

O irresponsável prefeito de Serra Talhada esqueceu que o nosso passado, o meu e o dele, é conhecido da população serra-talhadense.

A pecha de caloteiro nunca me vestiu, no entanto sempre foi a túnica preferida do prefeito e, desde a sua juventude consagrou-se como tal, tanto que na sua campanha para prefeito em 2012, da qual fui um dos coordenadores, este foi um dos principais obstáculos que enfrentamos, não foi fácil mostrar a população que o senhor Luciano Duque não era caloteiro, uma maquiagem que fizemos e que hoje peço desculpas à população por ter ‘vendido’ um produto falso (no caso o prefeito).

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A prática de caloteiro de Duque acabou sendo exposta pelo então candidato a prefeito na época Sebastião Oliveira, quando no debate na Rádio Cultura jogou na cara de todos nós os débitos atrasados do colégio do filho de Duque.

Mas voltemos a questão. Não preciso ir longe, basta verificar as prestações de contas da Casa da Cultura e vai se verificar que ficamos vários meses com repasses atrasados, a secretária de Finanças pode atestar isso (é claro se ele deixar) e o caso, levamos muitas e muitas vezes para o gestor do Município que não demonstrava nenhuma sensibilidade com nossa causa, e menos ainda com nossa Filarmônica.

Em uma das reuniões, onde também participou o secretário Josembergues, explanei a situação da Filarmônica e o prefeito secamente disse “acaba com essa m….”. Claro que ele vai negar, como também o secretário não vai confirmar, mas duvido que ele negue frente a frente comigo.

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O que ele desejava era fazer um cabide de empregos, como fez quando ainda vice-prefeito de Carlos Evandro, por diversas vezes me tentando para colocar pessoas amigas sua na folha de pagamento da Filarmônica, o que nunca fiz, e que vem daí nossas diferenças.

Os músicos da Filarmônica e os funcionários da Casa da Cultura são testemunhas dos esforços que fizemos para manter o pagamento dos mesmos. isso não me atinge nem me incomoda mas ,me incomoda que um caloteiro, que deve a minha empresa, a Papiro Comunicações, desde 2014, venha em público tirar suas vestes e tentar pô-las em mim.

Duque mente, aliás algo que ele faz muito bem, quando diz que suspendeu pagamentos. Mentira. Ele atrasou repasses, mas nunca houve suspensão, o que acontecia era atrasos e repasses feitos em valores muito inferior ao devido.

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A verba da Casa da Cultura era de R$ 430 mil/ano, no entanto só foi repassado R$ 220 mil em 2016, e assim foi em 2013, 2014 e 2015.

Agora a verba destinada a solução que ele diz ter encontrada é de mais de R$ 2 milhões.

É essa a solução senhor prefeito?

Só mais um lembrete, se dei calote na Filarmônica, dei calote em mim também, pois sai da Fundação com três meses de salários atrasados sem receber.

Não desejava e fiz tudo para não chegar a esses termos, mas é necessário que fique bem claro que o senhor é sim caloteiro e mentiroso, dois adjetivos que não cabem a mim, e Serra Talhada sabe disso.