Da Folha de PE

Dois pernambucanos foram destaques na Olimpíada de Matemática do Cone Sul, que ocorreu entre 4 e 9 de agosto, na cidade de Mehuín, no Chile. Os estudantes Gabriel Bastos e João Pedro Lemos, de 15 e 16 anos, respectivamente, subiram ao pódio e, juntos, conquistaram duas medalhas de prata.

Os adolescentes representaram o Brasil na competição ao lado dos estudantes Matheus Alencar de Moraes, do Ceará, e Leonardo Maldonado, de São Paulo, que receberam medalhas de ouro.

Com as conquistas, os quatro jovens levaram o País para o 1º lugar em número de pontuação, com 225 dos 240 pontos possíveis, média de 9,375, ganhando do Peru e Argentina, que empataram na segunda colocação, com 197 pontos cada, média de 8,2. Ao todo, a competição contou com a participação de 32 estudantes de oito países.

Moradores do Recife, os jovens são estudantes do 1º ano do Ensino Médio do Colégio GGE. O percurso até a conquista das medalhas começou ainda nas Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas e Privadas (Obmpe), realizada em fevereiro deste ano. Ambos passaram nas fases estaduais e regionais e garantiram expressivos resultados na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), classificando-se para a etapa internacional, no Chile.

Gabriel Bastos, que dedica de sete a oito horas por dia aos estudos, já acumula diversas medalha nas etapas regionais e nacionais da Olimpíada de Matemática e agora diz estar feliz em representar o Estado na etapa mundial. “Fiquei muito feliz de trazer a medalha para o meu Estado, principalmente porque esse era um dos meus objetivos e o foco dos meus estudos”, afirmou.

Assim como Gabriel, João Pedro também já conquistou diversas medalhas, sendo duas de ouro na Obmep; ouro e bronze na Opemat, ouro na OBM e bronze na Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU). “Foi muito bom e gratificante sair com esse resultado. Venho estudando incansavelmente todos os dias, em torno de oito horas, e isso fez muita diferença”, contou.

Professor dos estudantes, Márcio Gomes destacou a importância da conquista. “A classificação para a Cone Sul é extremamente difícil e muito concorrida, pois apenas os quatro melhores estudantes do País, com até 16 anos, poderiam ter essa chance e eles tiveram, e não só agarraram a oportunidade como trouxeram as medalhas para casa”, comemorou o professor.

Agora os jovens visam a participar de outras competições, entre elas a International Mathematics Olympiad (IMO), destinada aos alunos de nível médio de todo o mundo. “Sem dúvidas, a participação na Cone Sul foi o resultado do Brasil mais expressivo dos últimos anos e isso nos motiva para estarmos em olimpíadas igualmente importantes no futuro”, comentou Márcio Gomes.