Da Revista Fórum

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pediu na noite desta quinta-feira (19) que o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro enviem “com urgência” as informações sobre a investigação que aponta o senador Flávio Bolsonaro como líder de um esquema de corrupção que envolveria seus assessores à época que era deputado estadual.

A defesa do filho do presidente havia entrado com um pedido de habeas corpus no STF. Como o habeas corpus foi protocolado na noite da última quarta-feira (18) no Supremo, às 23h43, o processo ainda pode ser analisado por Gilmar Mendes, mesmo com o início do recesso do STF, que fez a sua última sessão plenária hoje.

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Flávio é apontado pelo MP como líder de uma organização criminosa que desviou recursos públicos e praticou lavagem de dinheiro. As investigações mostram que havia no gabinete do então deputado estadual um esquema de “rachadinha” – isto é, a prática corrupta de repassar salários de assessores. Esses valores teriam sido lavados por Flávio na compra de apartamentos e também em investimentos em uma unidade da loja Kopenhagen que o senador é sócio.

No esquema de Flávio, de acordo com o MP, estariam envolvidos, entre outros assessores, o famoso Fabrício Queiroz, que teria recebido no período apurado 483 depósitos, no valor total de R$ 2 milhões, além do ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, tido como chefe da milícia Escritório do Crime, suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.

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As novas informações sobre o esquema vieram à tona a partir desta quarta-feira, quando o MP deflagrou uma operação de busca e apreensão e quebrou sigilo bancário de pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro.