Para que a população pernambucana do Agreste e do Sertão seja contemplada de maneira mais efetiva, é preciso que um conjunto de obras complementares no entorno da Transposição seja executado. E é justamente a necessidade dessas obras – custeadas em grande parte com dinheiro da União – que faz com que o governo estadual queira passar ao largo da discussão sobre a paternidade da Transposição do Rio São Francisco.
“De fato, precisamos das obras complementares para dar sentido à Transposição. Tudo o que era de responsabilidade do governo estadual, comofazer os projetos, estar com serviços contratados e licitados, foi feito. Não é uma benesse de governo nenhum fazer as obras complementares. É um compromisso”, defende o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
De acordo com ele, quantos mais “familiares” aparecerem para a Transposição, melhor. Ele se refere às movimentações do PT, PMDB e PSDB para colarem sua imagem ao projeto. “Quando a coisa é boa, deixa aparecer os “padrinhos”. Quero é que tenha meio mundo de pai, de mãe, de avê, de tio. Se todo mundo se comprometer com a obra, e nós pernambucanos devemos exigir isso, vamos comemorar”, avaliou.
Apesar de não querer tomar partido de ninguém, Roberto Tavares salienta que a gestão Michel Temer foi mais produtiva para a Transposição do que o governo Dilma Rousseff (PT).
“A crise atrapalhou muito porque todas essas adutoras poderiam estar prontas em 2015. Em 2014 e 2015, o repasse caiu bastante. Em 2016, no primeiro semestre, foi trágico o repasse. Recebemos R$ 30 milhões. Mas no segundo semestre, no governo Temer, para ser justo, recebemos R$ 112 milhões. Isso fez com que hoje a gente tenha 15 frentes de serviço espalhadas (pela Transposição)”, informa.
Quem defende as ações do governo Michel Temer em relação à Transposição é o vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry (PMDB). Para ele, a obra ganhou velocidade com Temer à frente do Brasil.
A adutora do Agreste é apenas uma das obras complementares necessárias para que a Transposição minimize os efeitos da seca para os pernambucanos do Agreste e Sertão.
Há uma séride de outras adutoras, ramais e barragens e todas essas obras precisam de recursos do governo federal para serem finalizadas.
Roberto Tavares diz que basta o dinheiro ser liberado para a água cair na torneia de parte da população do Estado
“Até o final deste ano, a gente vai conseguir abastecer, com água da Transposição, as cidades Arcoverde, Pesqueira, Alaoginha, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São Caetano”, assegura.
O presidente da Compesa diz, ainda, que está confiante para conseguir recursos para finalizar outra obra complementar considerada de primeira linha para a Transposição: barragem de Serro Azul. “Estamos esperançosos”, afirma.
Do JC Online