Publicado às 18h20 desta quarta-feira (22)

Um projeto do governo autorizando a gestão Luciano Duque a contratar operações de crédito no valor de até R$ 1 milhão junto ao Banco do Brasil deverá ir a plenário para votação na próxima semana na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST).

A peça de número 011/2019 recebeu, no entanto, esta semana uma emenda modificativa do vereador Zé Raimundo Filho, em favor da inclusão, no projeto do governo, de câmeras de monitoramento visando a segurança das principais vias da cidade.

Em contato com o FAROL, por telefone nesta quarta-feira (22), Zé Raimundo justificou a modificação, assinada por ele no último dia 20, afirmando que vê no documento a oportunidade do município atender uma demanda histórica da população.

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“Pois o debate sobre a instalação de câmeras nas principais ruas e avenidas de Serra sempre esbarrava na questão financeira. Então, ao ver este projeto do governo eu liguei imediatamente para o prefeito e propus a inclusão do monitoramento por câmeras e ele concordou”, disse o parlamentar, com otimismo.

No projeto original, quando não contemplava a emenda modificativa de Zé Raimundo, a prefeitura pedia autorização para adquirir crédito de até R$ 1 milhão em favor da compra de uma máquina picadora de galhos, para aquisição de luminárias de LED visando a substituição do parque de iluminação da cidade e para a compra de equipamentos de informática.

A nossa reportagem, Zé Raimundo disse que acredita na aprovação do projeto contendo a sua emenda. “Acho que vai passar sim, com o apoio de todos”, frisou.

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ESPECIALISTA ANALISA

Ouvido pelo FAROL, o especialista em segurança, com experiência de mais de 30 anos de trabalho investigativo junto à Polícia Civil no estado, Cornélio Pedro da Costa, apontou alguns questionamentos ao projeto e à emenda do vereador Zé Raimundo.

“É preciso que essa indicação das câmeras seja completa, por que não é somente adquirir câmeras. É preciso que se instale uma central de monitoramento, com pessoal treinado e preparado para este serviço. Então, a dúvida é: existe um projeto detalhado e estruturado para manter estes custos? Existe um estudo técnico para isso? Qual é a ideia exatamente sobre como isso vai funcionar?”, indaga.

Cornélio Pedro da Costa afirmou que seus questionamentos se fazem necessários diante o grande montante de dinheiro que o governo pretende ser autorizado a manusear.

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“Quanto à questão das luzes de LED, é preciso que se fique claro quem realmente está à frente da manutenção desse parque de iluminação, porque quando se vai reclamar de alguma falha, a população ainda se vê num jogo de empurra-empurra entre Celpe e Prefeitura”, alertou.