Homem que sofreu ataque com ‘molotov' em ST desabafaPublicado às 04h35 desta terça-feira (8)

O serra-talhadense, catador de materiais recicláveis, Francisco Júnior Dino Alves, 40 anos, morador do bairro Vila Bela, que teve queimaduras de 2º grau nas pernas e no braço, comprometendo 26% de seu corpo devido a uma ação criminosa no domingo (23) de outubro, passou por cirurgia no Hospital da Restauração, em Recife [relembre aqui].

Finalmente recebeu alta na semana passada. Nesta segunda-feira (7), o Farol de Notícias conversou com Francisco Júnior, que revelou seu sentimento em relação ao atentado, que não guarda mágoa de quem o feriu e deixa que a polícia resolva. 

“Na perna esquerda foi pouco, na direita foi mais, estou andando com uma muleta. Eu estava catando durante à noite. Eu estava de costa comendo uma coxinha. Ele chegou e jogou por trás de mim, estava dentro de uma bolsa de gordura. Quando me virei, o calção estava pegando fogo, pulei dentro de uma água e apaguei. Ele saiu correndo, não deu para ver quem era. Tinha gente na calçada do Supermercado Pajeú e correu atrás dele, mas não conseguiram pegar. Lá tem câmera, é só puxar para ver. Quando a polícia me perguntou, mandei a polícia ir ver. Eu não sou de confusão. Se a polícia encontrar, que resolva. Não tenho mágoa não, por mim, deixava para lá. Uma hora ele arruma com um outro que ele for aprontar. Não quero saber quem é. O que eu quero é melhorar para voltar a trabalhar”, disse Francisco Júnior. 

SITUAÇÃO FAMILIAR

Francisco Júnior disse para o Farol que tem urgência para voltar a trabalhar, porque a sua mãe, Francisca Filha da Conceição, 70 anos, aposentada, foi acometida por um glaucoma que tirou a visão total de um dos olhos, e o outro permite que ela veja apenas um leve vulto. A situação da família não tem sido fácil, porque ele contribui com a alimentação por meio do seu trabalho, catando materiais recicláveis. Apesar disso, devido a quantidade de dias que está parado, por causa do atentado, a família está precisando de ajuda.

“Comecei a sentir o olho direito encurtando a vista. Antes, eu via tudo, ia para a rua. Fiquei fazendo o tratamento aqui, mas em pouco tempo, o olho direito cegou de tudo, e o esquerdo começou a embaçar, só vejo o vulto se passar na minha frente, ainda lavo os pratos, coloco a panela com água no fogão, mas só isso, não consigo nem acender a boca do fogão. A pressão do olho sobe quando tenho aperreio, e dói tudo, a cabeça, o ouvido, e piora. Estamos precisando de ajuda para comida e para os remédios dele, porque não tem todos no posto de saúde”, disse Francisca Filha.

SAIBA COMO AJUDAR

A família precisa de ajuda com alimentos e medicamentos para as queimaduras que Francisco Júnior sofreu, para ajudar  entre em contato pelo telefone: (87) 99602-6258, ou pode fazer um PIX: 96777472 (número de telefone no nome de Maria da Penha). 

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