morte 3A PM isolou o local do crime e aguarda a chegada de um delegado de outro município; em Serra Talhada, delegado só aparece nesta quinta-feira (30)

Foto: Farol de Notícias/Alejandro García

A ausência de um delegado plantonista, na noite dessa quarta-feira (29), na Delegacia de Serra Talhada, prejudicou a apuração da morte do mototaxista Luiz Carlos Gomes de Oliveira, 22. Ele foi assassinado a tiros por volta das 20h30 no bairro da Cagep. Em conversa com o FAROL, agentes informaram que não poderiam sair da delegacia sem a presença de um chefe de polícia, orientação padrão que está sendo tomada em todas as delegacias do Estado. Resultado: os investigadores foram acionados para apurar o crime, mas tiveram que solicitar a vinda de um delegado do município mais próximo para dar prosseguimento às diligências de praxe.

Diante do impasse, o FAROL foi informado que a Cordeplan (Coordenação de Plantões da Polícia Civil), em Recife, realizou o rastreamento na busca de um delegado nos municípios de Flores, Salgueiro e Afogados da Ingazeira. Enquanto isso, o corpo do mototaxista ficou no local do crime por várias horas. Ainda, de acordo com os agentes da Delegacia de Serra Talhada, caso saíssem para apurar o caso sem a companhia de um chefe de plantão, poderiam ser indiciados administrativamente. “Enquanto isso não podemos fazer nada”, confirmou um agente, pedindo anonimato.

A circunscrição local só terá a presença de um delegado nesta quinta-feira (30). Diante da briga entre a categoria e o Governo do Estado, os delegados deixaram de se submeter ao PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança), cumprindo apenas regimes de plantões com um dia de trabalho e folgando três. O problema de Serra Talhada é bem peculiar e agrava ainda mais a situação. Dentre os delegados plantonistas que se revezam aqui, um deles se negou assumir a escala de expediente, outro está de licença e dois entraram em férias. Restando apenas dois delegados plantonistas por semana.