Do Folhape

 Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Um jovem foi assassinado a facadas nesta terça-feira (21), por volta do meio-dia, dentro de um trem da Linha Sul do Metrô do Recife.

As primeiras informações dão conta de um desentendimento entre vítima, Bruno Henrique dos Santos, e suspeito, que ja eram conhecidos e trabalhavam nas dependências do metrô.

O crime ocorreu quando o trem em que ambos estavam se encontrava entre as estações Imbiribeira e Antônio Falcão, na direção Centro-Sul.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que Bruno Henrique tinha 22 anos. Agredido com uma arma branca, o jovem morreu no local.

“Segundo a testemunha, o autor, parcialmente qualificado, era conhecido da vítima e, no dia anterior, teriam discutido. Ambos trabalhavam como comerciantes no local. A investigação foi iniciada e segue até a conclusão do inquérito policial”, diz o texto.

De acordo com a a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o trem ficou parado na Estação Antônio Falcão aguardando a chegada do Instituto de Medicina Legal (IML) para a retirada do corpo.

Por causa dessa paralisação, a Linha Sul operou em via singela, quando somente uma linha é utilizada pelos trens nos dois sentidos, até as 15h, quando a operação retornou à normalidade.

Mãe da vítima, Lucicleide dos Santos, de 40 anos, aguardava a liberação do corpo no IML, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife. Bastante abalada, ela relatou que o filho era um “menino muito justo e não aceitava ser acusado de algo que não tenha feito”.

“Bruno era justo. Ele se defendia. Ele foi acusado de roubar um celular, e, por isso, teve a discussão. Mas ele não roubou e rebateu, não aceitou ser acusado injustamente. E hoje aconteceu isso. Armaram para matar meu filho”, contou à equipe da Folha de Pernambuco.

“Fico triste porque ele era muito carinhoso e do bem. Vou sentir muita falta dele. Ele se relacionava muito bem com as pessoas que também trabalhavam como ambulantes no metrô. Espero que a justiça seja feita, mesmo sabendo que ela não vai resolver o principal, que é trazer meu filho de volta à vida”, emendou.

Um comerciante do entorno da Estação Antônio Falcão, que optou por não se identificar, contou que, assim que o trem vinha chegando na estação, já havia uma movimentação diferente, com muita gritaria. “O trem já vinha chegando com as portas abertas, e o pessoal já estava gritando muito. Quando o trem parou, foi uma correria imensa, tanto lá dentro quanto aqui fora” disse.