Da CN

A deputada federal Flordelis e outros nove acusados pela morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, serão levados à júri popular. A decisão é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, do 3º Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Denunciada como mandante do assassinato, a parlamentar responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.

Em razão da imunidade parlamentar, Flordelis só pode ser presa em flagrante por crime inafiançável, mas cumpre medidas cautelares, monitorada por tornozeleira eletrônica.

Também serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira (o “bigode”), Carlos Ubiraci Francisco da Silva (o “neném”), Rayane dos Santos Oliveira, Flávio dos Santos Rodrigues, Adriano dos Santos Rodrigues, Andrea Santos Maia e Marcos Siqueira Costa.

A juíza decidiu manter a prisão de todos os acusados, pois “não houve modificação da situação de fato que justificasse sua alteração”.

Nesta terça-feira (4), familiares do pastor Anderson do Carmo entraram com um pedido de indenização na Justiça contra Flordelis.

Na ação, foram pedidos, a título de danos morais, R$ 500 mil para Jorge, pai de Anderson; R$ 200 mil para Cláudia, irmã; e R$ 100 mil para Nádia, que é tia e madrinha da vítima, totalizando R$ 800 mil.

Anderson do Carmo foi assassinado a tiros dentro de casa e Flordelis nega as acusações.