Lampião faria 126 anos, e a Quixabeira continua de pé

Publicado às 05h48 deste domingo (9)

Por Adelmo Santos, Poeta, escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Se ele estivesse vivo, estaria fazendo no dia 7 de julho, 126 anos. No Sítio Passagem das Pedras em Serra Talhada, nas quebradas do sertão, um pé de quixabeira espera por Lampião.

Ele curtiu sua sombra sentado numa cadeira com a espingarda na mão, cantando mulher rendeira, ou fazendo uma oração, para afastar os inimigos procurando proteção.

Pela janela da casa onde nasceu Virgulino dá pra ver a quixabeira que dava sombra ao menino. Essa quixabeira histórica, uma planta secular que viu toda a história do cangaço começar.

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Lampião era vaidoso adorava cantorias e só andava cheiroso. Ele também foi poeta e gostava de poesias. Na sombra da quixabeira sentado num tamborete muitos versos ele escrevia.

Hoje a quixabeira sente ser tocada em outras mãos, ela morre de saudades do amigo Lampião e espera que um dia ele volte pro sertão.

Se foi herói ou bandido é o que menos importa, Lampião foi morto em 1938, há 85 anos, e quanto mais o tempo passa, ele vai fazendo histórias.

Lampião virou indústria, vai sustentando famílias, gerando renda e emprego e movimentando a economia.

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Tudo através do Teatro, Cinema, Livros, Carnaval, Museu, Música, Turismo e Artesanato. Esse é seu grande legado.