Após o deputado Sebastião Oliveira (PR) se recusar a divulgar nome e salários dos seus 37 assessores na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), agora é o deputado petista Manoel Santos que parte para defesa dos cargos comissionados. Durante entrevista a uma emissora de rádio de Serra Talhada, nesta terça-feira (16), o deputado fez questão de blindar a sua equipe de trabalho e garantiu que não pratica nepotismo no legislativo.

“Esse número (32 assessores) é muito pequeno para quantidade de trabalho que temos. Não é coisa de assombração. Eu fui votado em todo estado de Pernambuco, exceto em Fernando de Noronha. Portanto, precisamos atender a todos os municípios”, justificou Manoel Santos, acrescentando. “Agora, estas pessoas que trabalham no meu gabinete não tem um que seja vinculado a minha família. Todos trabalham e não pratico nepotismo”.

Durante a entrevista, o deputado defendeu uma reforma política profunda para provocar o fim do chamado auxílio-paletó. Esta postura do petista vai de encontro à maioria das casas legislativas do país que já aboliu este privilégio. São dois salários extras que os deputados recebem no ano. A Assembléia Legislativa de Pernambuco ainda não tomou esta decisão.

JOSÉ DIRCEU

O deputado Manoel Santos aproveitou para justificar porque comparou o ex-ministro José Dirceu, condenado por formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a mártires como Tiradentes e Frei Caneca.

“O Zé Dirceu é um grande brasileiro e ainda presta um grande serviço ao povo do país. Na verdade, o ex-ministro foi uma vítima do mensalão. Tiradentes lutou pela independência e foi preso e esquartejado e Dirceu foi condenado por uma postura política”, finalizou o petista.