downloadEm contato com o FAROL, a jovem mãe de 19 anos, Ana Nunes, reclama do serviço de distribuição do auxílio Bolsa Família. A leitora é moradora do bairro dos “Sem Teto” próximo ao Mutirão, em Serra Talhada. Ana é mãe de um bebê de apenas cinco meses, e com o marido desempregado e impossibilitada de trabalhar pelas obrigações da maternidade, a jovem sente-se injustiçada e nos enviou o seguinte depoimento:

 

Por Ana Nunes, 19 anos, moradora do bairro “Sem Teto”

“Gostaria de fazer uma reclamação sobre o cartão Bolsa Família, vim aqui hoje contar um problema de muitas mulheres que realmente precisam desse cartão. Eu preciso muito desse cartão, fiz minha inscrição para a entrevista, passei na entrevista, fiz o pedido no Cras do Mutirão, elas foram fazer a visita na casa que eu moro de aluguel. Até aí tudo bem.

Eu não trabalho, mas tenho um filho de cinco meses, sou casada meu esposo trabalhava de ajudante de pedreiro. Minha renda por semana é R$ 110 e hoje (terça-feira, 31) eu fui lá e disseram que eu não tenho direito ao cartão Bolsa Família, porque minha renda é mais de R$ 166.

Como é que minha renda é mais de R$ 166? Minha renda é R$ 50 a menos que isso por semana. Estou muito indignada, porque tenho certeza que tem gente por aí que nem precisa e tem esse cartão, enquanto uma pessoa que precisa não tem direito.

Para ficar pior meu marido não está trabalhando, ele desempregado e eu não posso trabalhar ainda por conta do meu filho de cinco meses. Não tenho com quem deixar ele e ainda estou amamentando. Meu aluguel está atrasado, papel de água e luz para pagar e eu contava com esse cartão para me ajudar”.