Do Diario de Pernambuco

Foto: AFP

O guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mahmud Ezzat, foi condenado à prisão perpétua pelo tribunal criminal do Cairo nesta quinta-feira (8), informou uma fonte judicial.

Preso no Cairo em agosto passado, após ter estado em fuga por sete anos, Ezzat foi condenado no âmbito de um novo julgamento, entre outras causas, por “incitação ao homicídio” e por ter “fornecido armas” a manifestantes em frente à sede da irmandade, em 2013, acrescentou a mesma fonte.

O Egito considera a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista desde o verão de 2013.

Em 2015, Ezzat, 76, foi condenado à revelia à prisão perpétua, e também à morte, pelo assassinato de militares e representantes do Estado, incluindo o ex-procurador-geral Hisham Barakat.

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Fundada em 1928, a irmandade se posicionou desde meados do século XX como o principal movimento de oposição no Egito. No entanto, em 2013 os integrantes do movimento foram destituídos do conselho político, após o breve mandato de um ano de um de seus membros, Mohamed Mursi.

Mursi foi o primeiro presidente eleito democraticamente após a revolta popular de 2011, mas foi derrubado pelo exército em 2013, sob o comando do marechal Abdel Fatah al Sisi, que se tornou presidente desde então, após uma série de manifestações em massa.