O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por continuar na prisão, onde cumpre pena há mais de um ano, em vez de passar para o regime semiaberto ou domiciliar, benefícios aos quais ele teria direito a partir dessa segunda-feira, informou sua defesa. Lula, na prisão desde 7 de abril de 2018, cumpre uma sentença de oito anos e dez meses na sede da Polícia Federal de Curitiba.
O ex-presidente completou nesta segunda-feira (24) um sexto da pena, o que lhe permite solicitar a progressão para o regime semiaberto (trabalhando durante o dia e voltando à noite para a prisão) ou até mesmo o domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
“O ex-presidente Lula tem ciência do seu direito de pedir a progressão de regime e optou por não apresentar o pedido porque busca o restabelecimento de sua liberdade plena, com o reconhecimento de que foi vítima de processos corrompidos por nulidades, como a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro”, informou sua defesa à AFP.
Lula, de 73 anos, nega todas as acusações e se diz vítima de um complô político para impedi-lo de participar das eleições presidenciais de 2018, cujas pesquisas liderava mesmo após sua detenção em abril.