Do Diario de PE

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou nesta sexta-feira (29/11) seu colega francês, Emmanuel Macron, dizendo que está em “estado de morte cerebral”, o que acentua a tensão a uma semana da cúpula da Otan.

Respondendo às declarações de Macron, que recentemente opinou que a Otan está em “estado de morte cerebral”, Erdogan afirmou em um discurso transmitido na televisão: “Primeiro deve analisar sua própria morte cerebral. Essas declarações convém apenas a pessoas como você, que estão em um estado de morte cerebral”.

Veja também:   TCE aprova contas de 2013 da Previdência Própria de ST; duquistas comemoram

Ontem Macron criticou a ofensiva que a Turquia lançou no mês passado na Síria contra uma milícia curda apoiada por países ocidentais.

As declarações do líder turco reforçam as tensões entre a Turquia e a Otan, da qual Ancara é membro, antes de uma cúpula da Aliança que ocorrerá em Londres na próxima semana.

Erdogan e Macron, assim como a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, também se reunirão à margem dessa cúpula para discutir o conflito na Síria.

No mês passado, a Turquia iniciou uma operação no nordeste da Síria contra a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que Ancara considera “terroristas”.

Veja também:   Alunos exibem com orgulho o cartão de vacinação

No entanto, os países ocidentais criticaram a ofensiva e Macron declarou em uma entrevista ao semanário The Economist, no início de novembro, que essa operação unilateral era um sintoma de que a Otan está em um “estado de morte cerebral”. Uma crítica que causou enorme desconforto na Turquia, cujos funcionários acusaram o governo francês de querer implementar um “Estado terrorista” no norte da Síria.

“Ninguém presta atenção em você. Você ainda é amador, comece a remediar isso”, lançou Erdogan, aludindo a Macron. “Quando se trata de se gabar, sabe como fazê-lo muito bem. Mas quando se trata de dar à Otan o dinheiro que deve, isso é outra coisa”.

Veja também:   OPINIÃO: A relação entre o eleitor e o eleito se transformou no pior negócio do mundo

“É tão inexperiente! Não sabe o que é a luta antiterrorista, é por isso que os coletes amarelos invadiram a França”, acrescentou.