Foto: Farol de Notícias/Max Rodrigues
Publicado às 05h29 desta sexta-feira (31)
Por Josi Souza, da equipe do Farol
Na manhã dessa quinta-feira (30), a serra-talhadense Cícera Daiane Menezes, 27 anos, moradora do bairro Bom Jesus, procurou a redação do Farol de Notícias para compartilhar a conquista de ter adquirido a carteira de passe livre em transportes coletivos do município do filho Lucas Gabryell, de apenas 6 anos, portador TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Cícera Daiane destacou que apesar do município ter aprovado a Lei N° 1.638, em 20 de setembro de 2017, que garante esse direito, foi muito burocrático, porque os órgãos responsáveis, sequer sabiam da existência da lei.
“Como não tinha condições de pagar transporte para ele nos acompanhamentos na Apae, do Caps e de outros lugares, fui procurar a promotoria e lá fiquei sabendo que existia a lei, mas ninguém na cidade havia procurado. Entrei nessa batalha já tem um ano, mas consegui. Faz duas semanas que recebi a carteirinha dele (Lucas). Não corri atrás só por meu filho, mas por todos que tem direito. Mas devido a tanto trabalho muitos não querem ir atrás.”
A LUTA
A mãe do pequeno Lucas relembrou como foi o processo. Depois de ter ido na promotoria foi encaminhada para A STTrans e, em seguida para a Secretária de Saúde. O garotinho ainda precisou passar por uma junta médica, mesmo tento o laudo. Apesar do tempo e da burocracia, Lucas já está com a carteirinha em mãos e já pode se deslocar para os centros que faz acompanhamento sem nenhum custo.
Segundo Cícera Daiane, as pessoas que precisam da carteirinha já não irão precisar passar por o mesmo processo que ela passou, basta ir a STTrans portando os laudos médicos para comprovação, duas fotos 3×4, RG e CPF do portador de deficiência e do responsável e comprovante de residência.
Ela recomenda que as pessoas devem procurar seus direitos, pois assegura que a carteirinha é um documento de identificação que também serve de comprovação, porque a cidade não dispõe de sinalização de preferencia para autistas.
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