Foto: Farol de Notícias

Publicado às 13h48 desta terça-feira (18)

Mãe de um presidiário serra-talhadense, Maria do Socorro dos Santos, 42 anos, esteve nesta terça-feira (18) na redação do Farol de Notícias para relatar um caso de violência contra o seu filho na Cadeia Pública de Serra Talhada. Segundo ela, os presos estão tendo acesso a objetos que são proibidos, também destacou a agressão que o filho sofreu, onde teve parte dos dentes quebrados. Devido a direção da cadeia não ter dado informações sobre o ocorrido com o filho, ela tomou a iniciativa de ir à Promotoria de Justiça em busca de respostas. 

A justiça de Serra Talhada tem que tomar mais providências na cadeia onde vivem os presos, porque está entrando celular, droga, estão batendo em outros que são mais fracos; inclusive o meu menino, que desde que entrou lá está sofrendo. Ele tem problema mental. Hoje, ele foi transferido por mandado do juiz para o HCT no Recife. Ontem, quando eu cheguei na cadeia, o diretor não estava, só estava a guarnição. Eu pedi para entregar os pertences que ele [filho] estava precisando para a viagem, roupas, essas coisas. Quando me aproximei dele, vi que ele estava com a boca inchada. Perguntei o que havia acontecido. Ele disse que não podia dizer porque era cobrado se abrisse a boca. Eu mandei ele abrir a boca, quando abri, estava com dois dentes quebrados”, disse Maria do Socorro, acrescentando:

“Eu voltei na cadeia hoje, falei com o diretor, perguntei a resposta desse acontecido, ele disse que não estava sabendo. Perguntei o horário que ele [filho] iria viajar hoje, para poder dar um abraço nele, porque hoje é o aniversário dele, mas não me informaram. Eu quero que alguém tome responsabilidade do que acontece dentro da cadeia, porque está acontecendo de tudo. Como mãe, como todas as outras que têm filho preso lá dentro, eu peço mais responsabilidade pela parte do diretor, porque a cadeia é responsabilidade dele”.

Maria do Socorro contou para o Farol que foi à Promotoria de Justiça de Serra Talhada nesta terça-feira (18): “Falei que queria resposta de quanto tempo ele vai passar preso, quando será a audiência, e sobre o que aconteceu na cadeia, de terem quebrado os dois dentes dele e o diretor não saber. Me disseram que iam entrar em contato com o diretor e me dar a resposta, mas até agora não me deram resposta nenhuma. O diretor me deu um número para eu ligar para onde ele [filho] foi hoje, mas não dá certo, parece um número errado”.