Foto: Arquivo/ Farol de Notícias
Publicado às 10h10 desta quinta-feira (3)
Uma moradora procurou o Farol para denunciar mal atendimento na Unidade de Saúde da Família do Ipsep II, em Serra Talhada. A mulher relata que levou seu filho, que possui necessidades especiais, para ser atendido na manhã da última terça-feira (1) por estar com feridas no corpo e ser diabéticos.
Segundo a dona de casa, ela conseguiu o encaixe no atendimento, mas na hora que entrou no consultório, a médica solicitou que o rapaz se retirasse da sala. A senhora diz que o motivo da profissional ter retirado seu filho do local de consulta foi por estar com nojo do rapaz.
“Toda vez que a gente vai é maltratado. Toda vez que eu vou nesse posto ela diz coisas comigo. Ela não gosta de mim. Ela trancou a porta na minha cara. Injustiça que fizeram comigo e com meu filho, principalmente com meu filho especial, porque ela teve nojo do meu filho. Eu só levei ele pro posto porque estava com essas feridas e ele tem diabetes. Aí ela pegou e fez isso comigo e com meu filho”, explicou Maria Helena Melo, 47, mãe do rapaz.
O OUTRO LADO
O FAROL entrou em contato com a Secretaria de Saúde do município para entender a situação e também com a médica denunciada. Confira a nota enviada pelo órgão e a resposta da profissional.
NOTA DA SECRETARIA DE SAÚDE
“Em relação a manifestação da denúncia da paciente, informamos que todos os procedimentos de atendimento ao mesmo foram realizados. A genitora do mesmo, foi orientada a aguardar a chamada. Já sendo informado que o mesmo seria preferencial, mesmo assim, a mesma não queria aguardar, escandalizando e destratando todos os profissionais do local.
A médica informou que não retirou ninguém do ambiente de atendimento. Mas, era nítido a contrariedade da mesma, pelo fato de aguardar o atendimento. Informamos que todas as prioridades legais são obedecidas, conforme a ordem de chegada.
MÉDICA SE PRONUNCIA
“O filho dela jamais foi expulso de nenhuma sala . Pelo contrário, foi atendido, medicado e orientado com os cuidados mesmo sem ter tirado ficha para atendimento. Mas em virtude de ter visto a necessidade de atendimento para tratamento das feridas encaixei o mesmo para o atendimento. Feridas que inclusive estavam há dias e ela não tinha procurado atendimento.
Pois é acostumada a fazer isso, chegar, não marcar e simplesmente querer passar na frente de todo mundo. Pois ela gritou lá fora justamente por isso, pois não queria esperar a ordem de prioridades, pois assim como o filho dela, que inclusive estava calmo e tranquilo aguardando atendimento, tinham várias outras prioridades, idosos, crianças de 2 meses, gestante; mas a mesma se acha melhor que todos e quer passar na frente”.
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