Na madrugada desta segunda-feira (3) o jovem Guilherme Henrique, 26 anos, foi esfaqueado no distrito de Bom Nome e deu entrada na emergência do Hospital Agamenon Magalhães (Hospam) de Serra Talhada. Segundo familiares, ele sequer foi atendido, pois não havia médicos de plantão e acabou sendo transportado para um hospital de Arcoverde e logo em seguida, para o Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru.

Revoltada, a família questiona a direção do Hospam e o “status” de 4º polo médico que sempre é divulgado pelas lideranças políticas de Serra Talhada. “É uma vergonha para nossa cidade uma situação dessa. A mãe chegou com o seu filho e foi informada que não haviam  médicos. Para que serve este quarto polo médico? Faço esta denúncia para que isto não aconteça com outras pessoas. É uma vergonha”, lamenta Roberto Menezes, parente da vítima que fez contato com a redação do FAROL.

O OUTRO LADO

O FAROL DE NOTICIAS conversou com a diretora do Hospam Carla Milena, que disse não ter conhecimento do caso. Ela rebateu a denúncia de que não tinha médicos de plantão, mas admitiu a ausência do médico cirurgião. “No plantão havia três clínicos, obstetra e pediatra. Agora, temos um médico-cirurgião, que atende estes casos, mas que precisa retornar ao Recife de meia-noite. Pois mora lá (em Recife). Ficamos descobertos após este horário”, declarou Carla Milena, acrescentando. “Não faltam recursos. Faltam profissionais para trabalhar. Caso você tenha um cirurgião para trabalhar neste horário me indique que faço o contrato”, provocou a diretora.