Publicado às 14h20 deste sábado (1)

O presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada, Manoel Enfermeiro (PT), revelou, em entrevista ao Programa Farol de Notícia, na rádio Vila Bela FM, neste sábado (1º), que não irá proibir que ‘bolsonaristas’ batam palmas na próxima sessão da Casa, na próxima segunda (3). Na ocasião, será votada uma Moção de Repúdio, assinada pelo vereador Sinézio Rodrigues (PT), contra os cortes na educação.

Segundo Enfermeiro, o episódio que provocou a suspensão da última sessão ordinária teria sido provocado após os ânimos de alguns militantes pró-bolsonaro terem se exaltado ao ponto de macular a imagem de todo o grupo.

“Eu não posso proibir ninguém de bater palma. Agora, eles foram mal educados comigo, me desrespeitaram. Na votação das contas de Carlos Evandro, na hora que eu pedi para eles pararem [de bater palmas] eles pararam. E eu não vou proibir de bater palma não. Agora, quando eu pedi para eles pararem de bater palmas, a bagunça dos bolsonaristas foi que não aceitou”, explicou Enfermeiro, reforçando:

“Até então deles saírem de suas residências e irem para Câmara, normal… Pode levar panfleto e outras coisas… Tudo normal. Mas eu lamento muito a postura desses bolsonaristas que fizeram isso, mas a sociedade está contra o que eles fizeram, 90% estão contra o que eles fizeram. E qualquer manifestação, dos bolsonaristas, se acharem que estão sendo prejudicados, eles têm a tribuna para responder. Tem o direito de reposta. E eles já usaram a tribuna vária vezes”.

O vereador revelou que eleitores de Bolsonaro telefonaram para seu celular prestando solidariedade e lamentando o fato. Numa enquete aberta no programa Frequência Democrática, a grande maioria dos ouvintes que ligou para a rádio Vila Bela FM aprovou a postura de Manoel Enfermeiro em suspender a sessão.

O presidente negou que a próxima sessão terá a presença, em plenário, da Polícia Militar. “Dr. Nena, que é Bolsonaro, veio me dizer: ‘mas rapaz, como é que fizeram um negócio daqueles?. A única coisa que fiquei triste com eles mesmo, é que eles mesmos levaram seus familiares, e eles mesmos mandando os outros tomarem ‘naquele canto’… Vamos ter paciência e dizer que erraram”, cobrou Manoel Enfermeiro.