O vereador Leirson Magalhães (PSB), que realizou uma vistoria ao matadouro público de Serra Talhada, na companhia do vereador Cícero Fernandes (Cição), conversou com o FAROL, por telefone, e mostrou um outro foco da denúncia da falta de higiene no abate de animais. Segundo ele, os funcionários trabalham sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) colocando em risco a própria saúde.

“São inúmeros os descasos. Desde a forma  de abate dos animais até a higiene do local. Agora, o município tem uma renda mensal de aproximadamente R$ 20 mil. Todo animal que é abatido o açougueiro tem que pagar uma taxa alta”, disse o parlamentar, cobrando da prefeitura a compra de EPIs para os funcionários. “Eles (os trabalhadores), estão expostos a vários tipos de doenças. A forma de abate do animal ainda é muito arcaica”.

Inconformado, Leirson Magalhães disse que não dá para esperar por promessas de construção de um novo matadouro por parte da prefeitura. “A razão é a saúde pública. O objetivo é garantir que o produto tenha a menor oportunidade de contaminações, diminuindo assim, o perigo à saúde pública”, disse Magalhães.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A Vigilância Sanitária de Serra Talhada informou, por telefone, que a última visita feita ao matadouro foi em outubro do ano passado. Segundo Aílton Nascimento, chefe do setor, um relatório foi entregue ao governo municipal sobre as principais mudanças a serem implementadas. “Em 2006, fomos nós que pedimos a interdição do matadouro. Foi feito um acordo com o Ministério Público e algumas reformas foram implementadas”, disse Nascimento.