Por Santiago, faroleiro do bairro Ipsep

“Como todos sabemos houveram vários atos de vandalismo na Academia das Cidades do Ipsep, em Serra Talhada. Se tornou do conhecimento de todos, ninguém sabe quem foi. Aí a prefeitura colocou vigilantes pra tentar fazer a segurança do local. Até aí beleza, mas um fato me chamou bastante atenção no último sábado (30). Vamos lá.

Como de costume levamos os instrumentos até o local, onde costumeiramente nos juntamos pra fazer nossa “batucada” (no horário permitido, é claro), pois bem. Quando fomos começando, e o vigilante (sem modos, como de costume),veio e nos comunicou que não poderíamos ficar ali.”Mas por que?”, perguntou-lhe um amigo e a resposta veio como uma bomba. “Porque não pode.”Indignado, meu amigo voltou a lhe indagar. “Qual a lei que me impede de tocar aqui?”. E a segunda resposta me deixou extremamente envergonhado. “Aqui a lei sou eu.”

Não quis entrar em atrito pois vi que nível intelectual do senhor estava muito abaixo de uma meta estabelecida por mim para valer a pena argumentar algo. Depois o guarda levou ao conhecimento da Polícia Militar o que estava acontecendo (nada), tanto que o policial nem deu moral. E nos indicou ir na prefeitura para buscar uma autorização, e nós vamos.
Pois bem, vamos raciocinar um pouco. O despreparo do vigilante, não vale a pena nem comentar.

Quanto a prefeitura, não nos oferece nada de cultura, não estou falando de serestas com Kennedy Brasil, estou falando de eventos de nível cultural elevado, festivais com Rui Grudi, Assisão, Rai, e por aí vai. Nada nos é oferecido, então buscamos alternativas a isso. E somos oprimidos pelo mesmo poder público que nos nega cultura. Será que vamos ter o direito de nos divertir ou vamos ter que pagar pelo vandalismo cometido pelos outros. Queria que alguém ligado a Secretaria de Cultura nos tirasse algumas dúvidas”.