pedra

Por Adelmo Santos, escritor e poeta de Serra Talhada

Numa manhã de domingo com o dia ensolarado, não quis jogar futebol, fui rever o meu passado. Saí do computador, deixei um pouco de lado, desliguei o celular, fiquei desconectado, não quis saber das notícias da televisão e rádios. Fui ver a “Pedra do Sino”, pra curtir velhas emoções que eu sentia no passado.

Quando eu cheguei ao local eu fiquei contrariado, vendo coisas diferentes com o cenário mudado. Toquei na “Pedra do Sino”, quando ouvi o seu soar, fiquei muito indignado com vontade de chorar. Agora a pedra está rouca, seu soar é um gemido, seu tilintar ficou oco, andaram mexendo nela, a pedra pede socorro.

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Aquela pedra que um dia emocionava a gente, com seu encanto e magia agora está diferente. A pedra está dormindo o seu soar é um ronco, não parece aquele sino que tanto me encantava nos meus tempos de menino. Fincaram uma cruz na pedra não fizeram o tombamento, construíram uma capela, botaram massa e cimento.

Sufocaram o soar da pedra, levaram para o firmamento. Mataram a “Pedra do Sino, fizeram o sepultamento. O tilintar ficou mudo, de tanto reviramento. Roubaram o “Sino da Pedra”, levaram as minhas emoções, junto com o soar do sino, tamanha judiação. Se eu quiser ouvir o sino agora, só na imaginação.

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