Foto: Divulgação/Victor Sorrentino
O médico e influencer brasileiro Victor Sorrentino retornou ao Brasil após ser detido no Egito, após postar um vídeo postado nas redes sociais assediando uma vendedora egípcia em português.
Em nota divulgada neste domingo (6), a assessoria do médico afirmou que Sorrentino retornou ao Brasil após “prestar todos os esclarecimentos solicitados e ser liberado pelas Autoridades Egípcias”. “A prioridade é o reencontro com a família e, oportunamente, [Sorrentino] vai se manifestar publicamente sobre o ocorrido.”
O caso ganhou repercussão após o médico e influenciador postar em sua conta no Instagram um vídeo em que pergunta a uma vendedora local em português: “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”. No que a mulher sorri sem graça ao não entender o que o médico dizia.
O vídeo foi postado e depois apagado no perfil do médico, com quase 1 milhão de seguidores. Após a repercussão, Sorrentino apagou o stories, postou outro pedindo desculpas e dizendo que foi apenas uma “brincadeira”, além de ter restringido o acesso ao perfil, que antes era público. O médico também postou um vídeo em que diz que “não suporta injustiça, pessoas que não te conhecem falando de ti”.
Victor foi detido no dia 30 de maio, no Cairo. A prisão foi fruto de um movimento iniciado por brasileiros e expandido por ativistas feministas egípcias. Essa articulação fez com que as ofensas verbais contra a vendedora de papiros chegassem a autoridades do país, que agora o acusam formalmente e estenderam a sua prisão.
Ele foi formalmente acusado de expor a vítima a insinuação sexual verbal, cuja pena é de 6 meses até 3 anos de prisão e multa não inferior a EGP 5.000 (cerca de R.643), ou uma das duas penalidades; transgressão contra os princípios e valores familiares da sociedade egípcia, com pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000 (cerca de R.429), ou uma das duas penalidades; violação da santidade da vida privada da vítima e uso de conta digital privada para cometer esses crimes, ambas acusações também sujeitas a pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000, ou uma das duas penalidades.