Publicado às 14h05 desta terça-feira (14)

Após o anúncio da medida do Ministério da Educação em cortar 30% dos recursos para a universidades e institutos federais, os estudantes do país se mobilizaram contra a ação do governado Bolsonaro. Em Serra Talhada, as instituições já estão tomando medidas de precaução para evitar o fechamento ou cancelamento de aulas.

De acordo com o representante discente do IF Sertão-PE local, Matheus Carvalho, a gestão do campus serra-talhadense adotou uma postura de contenção de viagens tècnicas, água e eletricidade. Em revelia ao atual cenário, os estudantes deverão sair pelas ruas da cidade protestando nesta quarta-feira (15).

“A gente está fazendo um ato que está acontecendo em todo o país, que neste dia 15 todo o Brasil terá atos e protestos em referência a esse corte que está tendo no governo. Infelizmente, a situação é muito precária. No nosso campus o diretor passou em todas as salas e avisou que a gente está começando a ter cortes, em por exemplo, o carro da gente não pode mais sair em viagem técnica; os bebedouros grandes que tinham tiveram que ser trocados por gelágua; os ar-condicionados não podem mais ser usados, apenas duas horas por turno. Temos que economizar para ter verba para funcionar o campus até o final do ano”, argumentou o estudante de Licenciatura em Física do IF Sertão.

ATO PÚBLICO

O ato em defesa da Educação Superior terá sua concentração às 8h da manhã desta quarta (15), em frente a Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada (Fafopst-Aeset) e descerá pelas principais ruas da cidade: Avenida Afonso Magalhães sentido Câmara de Vereadores; Rua Enock Inácio de Oliveira sentido Prefeitura, e finalizando com a abertura de falas para participantes na Praça Agamenon Magalhães (Concha Acústica).

“Estamos unificando o ato junto com professores e alunos da Uast, da Fafopst e de algumas escolas estaduais da cidade. Estudantes e professores do IF e destas instituições vão paralisar amanhã (quarta,15) em protesto a esse descaso com a educação pública e gratuita. As dívidas do Brasil têm que ser pagas, mas não é a população mais pobre que deve pagar por essas contas”, finalizou.