Publicado às 04h34 desta terça-feira (16)

Na véspera do Dia dos Pais, um serra-talhadense, de 29 anos, buscou a reportagem do Farol de Notícias para relatar o drama que sua esposa, 24 anos, e a família passaram no Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam).

Segundo o jovem, que pede para manter sua identidade em sigilo, o caso ocorreu no dia 02 de agosto quando sua esposa estava prestes a dar a luz à sua primeira filha. A gestante já estava com 40 semanas, com contrações, mas não conseguiu realizar o parto na unidade serra-talhadense.

“Preciso relatar um descaso sobre o Hospam. Minha esposa estava gestante de 40 semanas começou a ter contrações (chegou com 6 cm de dilatação). Fomos para o Hospam às 21h e ficamos até às 02h da manhã. A médica até foi educada, porém não atenderam. Não tinha equipe suficiente para realizar o parto. Pedimos para que eles nos encaminhassem para alguma cidade vizinha, e disseram que não havia vagas em lugar nenhum, as enfermeiras muito mal educadas e os dois motoristas da ambulância discutindo para não irem para Arcoverde”, detalhou o pai indignado:

“Até que saímos do hospital e decidimos procurar uma cidade vizinha para nos atender, nós dois fomos de carro próprio para Afogados da Ingazeira, chegamos nos Hospital Emília Câmara onde fomos atendidos muito bem. Profissionais pacientes, demonstraram amor pela profissão. Desde a estrutura, a funcionários, alimentação, tudo muito organizado. A minha filha nasceu lá dia 03 de agosto, queria deixar a nossa gratidão ao hospital de Afogados.  E também a minha indignação em relação ao Hospam de Serra Talhada, eu tive como me locomover com minha esposa e recorrer a ajuda. E os que não tem condições de se locomover? Um descaso!”.

OUTRO LADO

O Farol entrou em contato com o Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam), para entender melhor a situação da família. De acordo com o diretor da unidade, Leonardo Carvalho, o hospital dispões de equipe completa para atender e havia médicas e enfermeiras obstetras aptas a realizar o procedimento.

“No dia 02/08 tínhamos a Dr. Alana e Dra. Larissa, recebemos essa informação com estranhamento, visto que toda semana temos enfermeiras obstetras, médicos e a equipe completa para realizar o parto, com fotos, pintura com a placenta e todo o procedimento humanizado que já é conhecido do hospital. Vimos essa informação como infundada, e a cada situação vamos até as escalas e verificamos a fundo, para não deixar faltar profissionais”, afirmou o gestor.