Publicado às 04h32 desta quarta-feira (6)

Por Regina Maria, moradora de Serra Talhada

O saneamento básico consiste na atividade de coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e controle de pragas, assim como qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades.

No Brasil, o saneamento básico é definido pela Lei nº. 11.445/2007, sendo um direito assegurado pela Constituição a partir de investimentos públicos na área. Mas quanto se investe em saneamento básico aqui em Serra Talhada? Aqui no Estado? A população não sabe.

A falta de saneamento básico pode gerar inúmeros problemas de saúde pública. Podemos pensar num dos maiores problemas enfrentados pela população brasileira atualmente com a disseminação do mosquito Aedes aegypti que se proliferam mediante a água parada.

Mas existe inúmeras doenças que podem estar relacionadas a falta de saneamento básico como: disenteria, giardíese, amebíase, gastroenterite, leptospirose, peste bubônica, cólera, poliomielite, hepatite infecciosa, febre tifoide, malária, ebola, sarampo, entre outras.

O saneamento básico é de suma importância para a vida humana, controla diversas doenças que podem prejudicar a saúde. É preciso evitar esgoto a céu aberto na cidade para se evitar vetores.

E O NOSSO PAJEÚ?

Precisamos urgente, e ai eu chamo a atenção para nossos vereadores, chamo a atenção para os ambientalistas da região, professores, secretários e prefeitos. Para que possam cobrar do Governo do Estado estações de tratamento de esgoto nas cidades. Tem que se cobrar investimentos nessa área e que a população possa estar acompanhando como anda os planos para se tirar de vez o esgoto do rio. As cidades não podem continuar despejar diariamente milhões de litros de esgoto no rio.

É possível recuperar o nosso Rio Pajeú poluído pelo esgoto. Basicamente, é preciso remover as fontes de contaminação, ou seja, garantir que o esgoto não seja lançado no rio sem o devido tratamento, retirar os contaminantes e contar com a vigilância permanente da população.

Hoje a principal dificuldade, é a falta de estrutura para tratar e devolver os esgotos gerados pela população ao rio de maneira eficiente e adequada. Se existe essa dificuldade, precisamos cobrar para que deixe de existir.

As prefeituras precisam realizar um diagnóstico da situação dos córregos, esgotos a céu aberto nas cidades e abrir um canal de comunicação com a participação da população para informar sobre possíveis ligações irregulares de esgoto, ajudando o município. Esse é o primeiro passo!

É preciso que se façam um grande movimento em favor do Rio Pajeú. Convocar as autoridades para um grande debate com a população a favor do Rio Pajeú e do Rio São Francisco. É possível, basta darmos as mãos, governos municipais, professores, população.

Sugiro que primeiramente se faça a criação de workshops, com a participação da população, depois criar grandes mutirões de revitalização de nascentes, e palestras nas escolas.

A população não deve aceitar mais esgoto a céu aberto nas cidades, não podemos aceitar mais que o esgoto seja despejado no Rio Pajeú sem o devido tratamento. A população tem que participar e cobrar dos Políticos.

Deixo esse convite e um apelo por um Workshop, quem sabe na cidade de Serra Talhada, neste teria que estar convidando a Compesa, APAC, CPRH, Secretarias Municipais de Recursos Hídricos, de Meio Ambiente, as Prefeituras, Professores, Alunos e todos que queiram participar.

Vale a pena salvar nosso Pajeú. Eu acredito, e você, acredita?

Campanha: SALVE O NOSSO PAJEÚ

Conto com o Farol para encabeçar essa campanha, digo isso, por que acredito na força da imprensa, e esta oportunidade que o Farol dá aos leitores é que muda muita coisa e se pelo menos conseguirmos chamar a atenção dos políticos para um cuidado com o rio, vale muito. Obrigada pelo espaço Farol de Noticias.