Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues

Publicado às 05h05 desta quinta-feira (27)

Os moradores do entorno do Rio Pajeú estão enfrentando um dilema junto ao Ministério Público de Pernambuo (MPPE) em Serra Talhada, pois uma das estradas que dão acesso a comunidade Malhada da Pedra, próximo ao bairro Caxixola, será interditada por ordem judicial, a partir do mês de outubro.

Um grupo de moradores ocupou a Promotoria Pública, nessa quarta-feira (26), e conversou com o Promotor de Justiça, Vandeci Souza Leite, em busca de uma solução para o caso.

Em contato com o FAROL DE NOTÍCIAS, José Cícero dos Santos, 44 anos, mora a oito anos no Sítio Malhada da Pedra e diz que a passagem sempre esteve disponível para os moradores que viessem a zona urbana.

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“A gente não tá sabendo o que é isso, só que colocaram uma placa que vai fechar mês que vem e dizendo que são umas caçambas que estão pegando areia do rio, só que a gente não tem caçamba do outro lado. Eu queria que eles explicassem porque é que vão fechar, porque tem mais de 200 pessoas que caminham nessa estrada por dia. Não tem como ele fechar sem falar nada para a gente. Tem mais de 8 anos que eu moro lá, e sempre uso aquela estrada”

Lucineide da Silva Viegas Barbosa, 45 anos, é moradora da AABB, mas tem propriedade no sítio e todos os dias precisa utilizar a passagem para chegar na comunidade.

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“Esse protesto é por conta que todo mundo aqui tem casa do outro lado do rio, em Malhada de Pedra, e colocaram uma placa lá interditando o beco. Disse que agora dia 18 de outubro vão interditar. E como é que a gente vai passar lá? Tem criança que estuda lá, todo mundo mora e não podem fazer isso. Eles disseram que é porque vão tirar a areia, mas nós não temos caçamba, não tem trator, eles não podem proibir uma passagem. A gente sabe que quando o rio está cheio a gente tem que arrodear pela Caxixola, mas agora não está prejudicando o rio em nada”, argumentou.

A reportagem tentou conversar com o promotor Vandeci de Souza Leite, por telefone, mas foi informada que o mesmo não se encontrava na sede do MPPE para comentar o assunto.

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