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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

O aumento de 25% nos salários dos vereadores de Serra Talhada, aprovado há duas semanas para R$ 10 mil a partir de 2017, não está sendo bem digerido pela população. Um movimento espontâneo e apartidário contra a elevação, formado por estudantes, servidores públicos e profissionais liberais chamado ‘Acorda Serra Talhada’ está ganhando força. O grupo fez a primeira reunião na noite dessa quarta-feira (14) na Casa Paroquial, no Centro, para planejar uma série de protestos contra o projeto dos legisladores. Ao todo, compareceram ao encontro cerca de 30 pessoas.

Nas redes sociais o ‘Acorda Serra’ já possui cerca de 200 membros e não para de crescer ganhando adeptos velozmente. A articulação conta com o apoio de líderes religiosos do município, que também já se posicionaram publicamente contra o aumento de salários argumentando que a elevação pode ser legal, mas não é moral, especialmente, num momento de crise porque passa o país e o município. “O movimento nasceu da indignação espontânea das pessoas que entendem que os vereadores passaram dos limites”, disse um dos líderes do movimento, o policial civil Cornélio Pedro da Costa em conversa com o FAROL.

“É um aumento de salário abusivo e imoral num momento de dificuldade em que estamos vivendo, onde o trabalhador está sendo massacrado pela inflação. Passamos sufoco para exigir direitos, temos que recorrer a greves, paralisações, negociações, pressões, somos retaliados… Mas para os vereadores aumentar salários foi a coisa mais fácil e ligeira do mundo. Isso não pode passar sem o aval da sociedade porque nós é quem bancamos o salário deles”, reforçou. Na reunião dessa quarta, o grupo debateu como irá acontecer o protesto marcado para o próximo dia 19 na Câmara Municipal e outras ações neste sentido.

Dentre as estratégias, o ‘Acorda Serra Talhada’ começa a ocupar a pauta dos veículos de imprensa da cidade com entrevistas a sites, jornais e rádios. A intenção é difundir o sentimento de indignação com o máximo de pessoas para que juntos consigam barrar o projeto de aumento de salários, aprovado por unanimidade pela Casa Legislativa, que vai aumentar de tamanho com 17 parlamentares a partir do próximo ano. Também estão sendo montadas estratégias de veiculação em carros de som, distribuição de panfletos e outros meios.

Para os organizadores do ‘Acorda Serra’ o aumento pode ser legal, mas não é moral

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