Publicado às 18h30 desta quinta-feira (19)
Após a crise de falta de medicamentos e materiais, o Hospital Regional Agamenon Magalhães ainda enfrenta problemas. Dessa vez a leitora, Maria Aparecida da Silva, de 51 anos, moradora do Centro, denunciou um caso envolvendo as transferências para outras unidades de saúde.
Em contato com o Farol de Notícias, a dona de casa reclamou que nesta quarta-feira (18) o hospital não dispunha de médico para acompanhar seu cunhado, o motorista Arnor Alves de França, 51 anos, que sofreu um infarto no dia 4 de setembro e desde então busca realizar exames e o tratamento adequado.
“Ele primeiro esteve no Hospam nos dias 4, 5 e 6 de setembro internado após o infarto. Depois da alta ele foi atendido por um cardiologista que pediu para ele voltar ao hospital para fazer uma angioplastia. Assim ele fez ontem (quarta, 18) foi lá e ficou internado, porque o médico que atendeu ele disse que ele precisava ser transferido para Recife. Está na sala vermelha, todo cheio de aparelhos e esperando essa transferência. Conseguiram uma senha no Procap, mas disseram que só valia até 15 de hoje (quinta, 19) e não foi ainda porque não tinha um médico para acompanhar ele na UTI Móvel”, detalhou Aparecida, questionando:
“Como é que João Antônio é o diretor e não consegue arrumar um médico para transferir um paciente? É um administrador sem pulso, só diz que está vendo a equipe e nada até agora. O médico de atendeu meu cunhado disse que ele precisava ser transferido com urgência para Recife. Enquanto isso, outros lá têm seus plantões, saem para almoçar e a pessoa fica lá a ponto de morrer esperando voltar. Fui na Promotoria e ligaram para João, me disseram que se até amanhã não resolver fosse novamente. Se não tem médico a família teria que pagar R$ 3 mil para um médico acompanhar ele, não temos condição”.
OUTRO LADO
A reportagem do Farol de Notícias procurou a direção do Hospam, na pessoa de João Antônio Magalhães, para ouvir o posicionamento do hospital em relação à denúncia de Maria Aparecida.
Segundo ele, a gestão recebeu a família do paciente na tarde desta quinta (19) e explicou todos os detalhes. A instituição aguarda o retorno da UTI Móvel que foi até Arcoverde.
“Acabei de receber a família do paciente e expliquei que estamos aguardando apenas o retorno da ambulância de UTI Móvel que foi para uma transferência até Arcoverde e já deve estar em trânsito.
O cardiologista que o examinou descreveu em seu laudo que seu traslado poderia ser feito sem um médico apenas com os outros profissionais de saúde. E assim que confirmarmos o retorno do equipamento vamos transferir este paciente. Estamos trabalhando da melhor forma possível dentro das condições que temos hoje no hospital”, finalizou.
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