palmas[1][1]Na América Latina e no Caribe, apenas Cuba atingiu os seis objetivos de Educação para Todos da UNESCO no período 2000-2015, informou nesta quinta-feira (8) a Organização das Nações Unidas para  Educação, Ciência e Cultura.

Quinze anos após o lançamento, em Dakar, da iniciativa Educação para Todos, a missão fixada pela UNESCO não foi cumprida, apesar de alguns progressos.

“Apenas um a cada três países do mundo atingiu a totalidade dos objetivos mensuráveis da Educação para Todos (EPT) estabelecidos no ano 2000”, destaca o relatório de acompanhamento do programa, assinalando que “na América Latina e no Caribe, Cuba foi a única nação a cumprir estes objetivos”.

O principal objetivo – a escolarização universal de todas as crianças em idade de cursar o ensino fundamental – foi atingido por apenas a metade dos países, tanto na América Latina como em todo o mundo, destacou a UNESCO, um mês antes do Fórum Mundial de Educação em Incheon, na Coreia do Sul.

Persistem evasão escolar e analfabetismo na América Latina –

Segundo o relatório, mais da metade dos países da região conseguiram a universalização do ensino fundamental, “mas ainda há 3,7 milhões de crianças sem escolarização”.

“Mais de um quinto dos alunos do ensino fundamental da região abandonam a escola antes de terminar este ciclo de aprendizado” e esta situação “não sofreu qualquer mudança desde 1999”.

“Os índices de analfabetismo caíram em 26% em toda a região, um percentual muito distante dos 50% previstos neste objetivo”, assinala a UNESCO, que estima que apenas Bolívia, Peru e Suriname “vão atingir a meta estabelecida”.

A UNESCO estima em 33 milhões o número de adultos “que carecem de conhecimentos básicos de leitura e escrita” na América Latina, “sendo 55% mulheres”.

O relatório emite uma série de recomendações, entre elas a obrigação de se “cursar um ano de ensino pré-escolar no mínimo”, uma “educação gratuita que deve abranger cadernos, livros,  uniformes e transporte escolar”, a aplicação dos “convênios internacionais sobre idade mínima” para o trabalho, a adequação das políticas de alfabetização às “necessidades das comunidades” e a redução das “disparidades de gênero em todos os níveis”.

( Do Jornal do Commercio )