Nesse mundo de tecnologia onde as relações são marcadas pela liquidez, tem se tornado desafiador demonstrar sentimentos e alcançar as pessoas através de textos literários. Escrever tem sido mesmo lutar com as palavras e com o tempo. Bem na linha de pensamento de Alberto Caeiro, o defensor dos sentidos, Lucivaldo Ferreira, 40 anos, lança uma proposta de leitura chamada Instantâneos, o ‘sentir sem pensar’.
O livro Instantâneos foi lançado em 23 de abril deste ano na cidade de Triunfo e somente nessa quinta-feira (18), início do segundo semestre, lançado na Unidade Acadêmica de Serra Talhada por uma iniciativa do Diretório Acadêmico de Letras. Durante a ocasião, Lucivaldo, falou sobre os processos de escrita literária e a pressa com que a pessoas consomem os conteúdos no meio digital, onde a poesia tem ganhado um novo espaço.
Natural de Salvador, o poeta se mudou aos 10 anos de idade para Triunfo. Em 2000, lançou seu primeiro livro intitulado Profecias independentes sobre temas aleatórios. Quatro anos depois criou a banda Templários Acústicos, vindo a gravar seu primeiro CD em 2011, ano que ingressou na Universidade Federal de Pernambuco/UAST. E em 2012 entrou na ATLAS – Academia Triunfense de Letras e Artes.
Nas palavras do professor Nefatalin Gonçalves Neto, Lucivaldo é “dono de uma diccão peculiar e altamente sonora, convoca, em seus poemas, os leitores de poesia à celebração da palavra.”
Em um bate-papo com o a reportagem do FAROL, que esteve presente no (re)lançamento da obra, Lucivaldo fala sobre o título que dá nome ao livro. “Instantâneo é o resultado do que eu senti em um determinado momento. Instantâneo é tudo que você sente. Instantâneo é sentir sem pensar, é sentir sem medir. É sentir sem medo, é como e posso dizer, instantâneo é gozar, é isso. É instantâneo. Você pode segurar o quanto for, mas na hora que for…é, e é único e pode ser único várias vezes e cada vez é diferente”, afirmou o poeta.
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