Quem pensou que a bancada de oposição na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) tinha deletado a ideia de investigar os gastos com a construção do anel viário, orçado em cerca de R$ 30 milhões, se enganou. A afirmação é do vereador Márcio Oliveira (PTN), que concluiu parte da investigação sobre a polêmica obra.
O anel viário foi o primeiro projeto anunciado pelo prefeito Duque, logo no mês de janeiro. Na época, o prefeito rasgou cerca de 23 quilômetros de estrada para realizar o serviço topográfico. Entre outros pontos, os vereadores investigam os gastos feitos com locação de veículos e máquinas pesadas.
“Em Fevereiro, logo que a Câmara retome os trabalhos legislativos, vamos convocar o secretário de Obras, Cristiano Menezes, para dar explicações sobre o projeto. Algumas perguntas estão sem respostas. Entre elas, os gastos com locação de máquinas”, disse Márcio Oliveira, em conversa com o FAROL nesta sexta-feira (3).
Ainda segundo o vereador, de acordo com as dificuldades apresentadas pelo governo petista, no ano de 2013, o anel viário deveria ser colocado em segundo plano na escala de prioridades do governo. “Um governo que está com dificuldades de pagar até o seu funcionalismo não pode pensar, agora, numa obra dessa magnitude”, disse Oliveira. Durante a convocação do secretário de obras, a oposição vai querer todos os detalhes dos trabalhos feitos no ano passado. “Estamos agindo em nome da transparência com o dinheiro público”, justificou Márcio Oliveira.
No ano passado, quando questionado pela reportagem do FAROL com relação ao processo licitatório do anel viário, o secretário Cristiano Menezes foi conclusivo. “Não. Esta parte de licitação não ficou comigo. É um outro setor”, disse o secretário, admitindo que a prefeitura gastou R$ 120 mil para elaborar um projeto que foi enviado ao Governo Federal.
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