Do Diario de PE

Junho é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+. Esta representatividade teve origem a partir do dia 28 de junho de 1969, quando policiais tentaram invadir o Stonewall Inn, um bar em Nova York, nos Estados Unidos, frequentado por homossexuais que sofriam represálias por parte das autoridades e eram presos em muitas dessas batidas. As pessoas que estavam no local, conseguiram impedir a entrada dos policiais e a ação ficou conhecida como a Rebelião de Stonewall.

Exatamente um ano após o ocorrido, aconteceu uma marcha em memória ao ato, reivindicando direitos da comunidade, dando origem a famosa parada LGBTQIA , que é atualmente celebrada em diversos locais do mundo.

E durante muito tempo a comunidade LGBTQIA teve seus direitos básicos negados, e suas vidas em risco pelo fato de existirem. Até hoje ocorrem diversos episódios de preconceito e opressão em qualquer aspecto da vida dessas pessoas, seja afetivo, familiar, profissional, social, dentre outros. Por isso, a representatividade é um importante vetor de mudança.

E, atualmente, a comunidade vem ganhando força com as representações em produções audiovisuais, o que é extremamente importante, pois quanto mais a comunidade LGBTQIA conquistar esse espaço, mais aceitação é gerada no imaginário social, além de ajudar a preencher o sentimento de pertencimento desse grupo.

Para entender o impacto da representatividade na mídia e no mundo artístico, separamos 10 séries que abordam o assunto de uma forma real e de extrema importância. Confira abaixo:

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1- Sex Education

https://youtu.be/46DLtYfJ6WI

A série é uma comédia dramática da Netflix que gira em torno de Otis, seu amigo Eric e os alunos do colégio Moordale que estão descobrindo e lidando com sua sexualidade. Ela aborda o tema de uma forma cautelosa e natural, mostrando especificidades de variados gêneros e sexualidades, trazendo personagens muito diversos e representativos.

2- Heartstopper

Essa série é um romance da Netflix, que aborda a relação de um casal homoafetivo, Charlie e Nick, de forma leve e tranquila. Ela foca nas descobertas e no autoconhecimento, diferente de alguns conteúdos audiovisuais, que montam as tramas de casais LGBTQIA focando nas dificuldades que rodeiam a relação. Além disso, sua representatividade não se limita apenas aos dois protagonistas, a produção também conta com importantes tramas em personagens lésbicas e pessoas transgênero.

3- Queer Eye

Queer Eye é um reboot da série do canal Bravo, Queer Eye for the Straight Guy, feito pela Netflix. O reality show acompanha os chamados Fab Five, ou Cinco Fabulosos: o chef de cozinha Antoni Porowski; o designer de moda Tan France; o cabeleireiro e grooming expert Jonathan Van Ness; o decorador Bobby Berk; e o especialista em cultura Karamo Brown. Em cada episódio, o grupo usa habilidades e conhecimentos para superar preconceitos e construir autoestima.

4- Pose

Pose é uma série da Star que relata a realidade das comunidades LGBTQIA dos anos 80 em Nova York. Nela, são retratados temas importantes, como relacionamentos homoafetivos, violência contra pessoas transgênero e o surgimento de novos casos de HIV numa sociedade conservadora. Além disso, a produção também aborda questões raciais, possuindo um grande elenco de pessoas LGBTQIA e negras, a começar pelas protagonistas, Elektra e Blanca.

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5- The Wilds

The Wilds é um drama da Amazon Prime Video que acompanha um grupo de meninas adolescentes que sofre um acidente de avião e acabam presas numa ilha deserta. Com origens diferentes, elas precisam lutar para sobreviver nesse lugar deserto e hostil. Apesar de não ter foco na temática LGBTQIA , a série traz representatividade com o casal Toni e Shelby, que protagonizam o romance da série.

6- Orange is the New Black

Essa série da Netflix é protagonizada pela personagem Piper, uma mulher sentenciada a 15 meses de prisão após ter cometido crimes para sua ex-namorada, a traficante Alex. A trama gira em torno do relacionamento de Piper e Alex e de outras presidiárias. Além disso, a produção também mostra a vida de uma mulher transsexual na prisão, e diversas outras questões envolvendo tópicos importantes e sensíveis para mulheres detentas, como machismo, abuso e abandono.

7- Euphoria

Euphoria é uma série da HBO Max que aborda um grupo de adolescentes que estão no ensino médio de forma bastante realista e explícita. Ela pauta assuntos do cotidiano como drogas, sexo, busca pela identidade, orientação sexual, traumas, comportamento nas redes sociais, relacionamentos e amizade, a partir de diálogos interessantes, profundos e complexos.

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8- Love, Victor

Série original do Hulu, Love, Victor é um spin-off do filme “Com Amor, Simon”. Ambientada na mesma escola do filme, o seriado aborda o amor-próprio, processo de autoconhecimento e relações afetivas do protagonista Victor Salazar, que se descobre homossexual e busca ajuda com Simon Spier, protagonista do filme originário.

9- Modern Family

Modern Family é uma série de comédia (sitcom) da ABC, disponível no Star , que tem como protagonista uma família diversa, dividida em três núcleos. Um deles é composto pelo casal Mitchel e Cameron, e sua filha adotada, Lily. A produção retrata a família de uma forma natural, mostrando algumas dificuldades e situações cotidianas na vida deles e a aceitação do pai de Mitchel, Jay, com o relacionamento do filho.

10- Feel Good

Feel Good é uma série da Netflix, que aborda a vida de Mae Martin, uma comediante buscando espaço no Stand-Up Comedy em Londres e lutando contra um vício. A produção se desenrola a partir do romance homoafetivo de Mae e George. Surgem diversas reflexões sobre identidade e orientação sexual, abordadas com bastante sensibilidade.