Publicado às 04h43 deste domingo (19)

“Viagem ao Passado” deste domingo destaca a mais antiga atividade comercial e cultural praticada em Serra Talhada, a histórica ‘feira-livre’, que teve início no dia 10 de fevereiro de 1778, na época a cidade era apenas uma fazenda. Desde a sua primeira edição, a feira se realiza religiosamente às segundas-feira.

A feira já foi realizada em diferentes pontos da cidade e de forma setorizada, onde cada ramo comercial ocupava um espaço especifico, a exemplo da feira da farinha, da carne, do peixe e dos animais.
A foto acima é do ano de 1977 e podemos perceber a feira de roupas e calçados que ocupava uma grande extensão da Rua 15 de Novembro, atual Enock Ignácio.

A imagem captada do alto da prefeitura municipal detalhe como as ‘bancas’ de ferro e cobertas com lonas lotavam o centro da cidade, no meio dessa ‘bagunça organizada’ a população realizava as suas compras.

A feira de Serra Talhada chegou a ser apontada com a segunda maior de Pernambuco, só perdendo para mundialmente conhecida feira de Caruaru. Vale registrar outras atividades bastante singulares e que infelizmente se perderam com o passar do tempo, a exemplo do homem da cobra, que atraia os seus clientes exibindo a sua potente cobra elétrica e depois vendia suas pomadas, que segundo ele, curava qualquer doença.

HORA DO QUEIMA

Outro momento bem pitoresco eram os chamados “queimas”, promoções feitas pelos comerciantes e anunciada pelas populares ‘bocas’ de alto falante, em geral, os produtos que estavam sendo ‘queimados’ eram expostos em cima de uma lona no meio da rua, e o negócio era fechado através do som do alto falante.

Não podemos esquecer do velho caldo de cana e do pão doce, do velho fumo de rolo, e da frenética movimentação nos bares e nas ‘casas de massagens’ (prostíbulos) da Rua da Lama.

Em 2006, a feira-livre deixou o centro da cidade e passou a ser realizada no pátio da feira, mas para muitos serra-talhadenses, as melhores feiras eram aquelas onde você se perdida em meio aos gritos dos feirantes, as bancas de produtos e a lona do teto da barracas.

Sendo assim, desejamos a todos os ‘cumpade’, as ‘cumade’, aos seus Zé, as Dona Maria, aos tios e tias, a todos aqueles que viveram e que lembram com saudades das antigas feiras livres, um ótimo domingo!