Do g1

Foto: Miva Filho/SEI-PE

O total de morte confirmadas por influenza A em Pernambuco subiu para 65 nesta terça-feira (11). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram 27 novos óbitos contabilizados desde o boletim divulgado na quinta-feira (6), quando eram 38, o que representa um aumento de 71% no número de falecimentos.

O crescimento de casos de influenza no estado associado à pandemia de Covid-19 tem pressionado o sistema de saúde público, que registrou recorde de ocupação de unidades de terapia intensiva em seis meses. Um idoso morreu após ficar 14 dias esperando uma vaga de UTI, no Recife.

O governo de Pernambuco anunciou, por exemplo a redução do público em eventos, com a cobrança de teste negativo para o novo coronavírus (veja vídeo abaixo), entre outras mudanças, válidas a partir da sexta-feira (14).

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A nova rodada de exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) registrou, ainda, mais 1.945 amostras positivas para Influenza, elevando para 8.337 casos conhecidos de pessoas com a doença desde o fim de 2021. Isso significa um aumento de 30,4% em relação à quinta-feira.

Do total de casos registrados até esta terça-feira, 8.245 são de influenza A do subtipo H3N2 e 92 influenza A não subtipada. Desse número de diagnósticos, 799 pessoas evoluíram para síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo 790 do subtipo H3N2 e 9 casos não subtipados.

Das 65 pessoas que morreram com influenza, 22 eram homens e 43 mulheres, com idades que variavam de 1 a 98 anos e divididos pelas seguintes faixas etárias:

Mortes por influeza A em Pernambuco por faixa etária

Ao todo, estado já registrou 65 óbitos de pessoas com a doença

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Os pacientes que faleceram com influenza eram residentes do Recife (34), Palmares (3), Ipojuca (2), Jaboatão dos Guararapes (5), São Lourenço da Mata (2), Escada (1), Goiana (1), Olinda (3), Sirinhaém (1), Timbaúba (1), Tracunhaém (1), Abreu e Lima (1), Condado (2), São Vicente Ferrer (1), Catende (1), Camaragibe (2), Aliança (1), Igarassu (1), Cabo de Santo Agostinho (1) e Moreno (1).

A Secretaria Estadual de Saúde informou que todos pacientes apresentavam comorbidades e possuíam fatores de risco para complicação por influenza, como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, hipertensão arterial e sobrepeso.

Dupla infecção

Segundo a SES, não houve atualização no número de pessoas com diagnóstico da dupla infecção de Covid-19 e influenza A, que permanecia em 31 registros conhecidos até esta terça-feira (11).

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A dupla contaminação é constatada quando os dois testes – para gripe e para Covid – dão positivo. Ela foi apelidada de “flurona” (união dos termos “flu”, de influenza, com “rona” de coronavírus) na imprensa internacional, mas o termo não designa um novo tipo de doença, apenas uma forma simplificada de se referir à ocorrência simultânea de contaminações.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou na quinta (6) que ter os dois vírus ao mesmo tempo não significa maior gravidade e que apenas uma pessoa havia evoluído para Srag tendo gripe e influenza.