Publicado às 05h32 desta quarta-feira (20)

Por Giovanni Sá, editor do Farol de Notícias

Até agora estou me perguntando o que, de fato, o povo brasileiro ganhou com a visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos da América (EUA). Ainda não sei. Pode ser que meu viés ‘esquerdopata’ e ‘comunista’ de quinta categoria esteja dificultando este entendimento.

Noves fora nada, o filho do Bolsonaro (Flávio), se vangloriou afirmando que o presidente acabara de cumprir uma promessa de campanha. Ora, mas será que o eleitor de Bolsonaro se contentou em aplaudir uma cena patética entre dois homens trocando camisetas de futebol, e o nosso presidente garantindo que todo e qualquer cidadão americano pode entrar e sair do Brasil na hora que bem entender, sem cumprir o rito legal de vistos? E por que os EUA também não fez o mesmo gesto, para ajudar milhares de brasileiros ainda clandestinos em solo americano? O que nós ganhamos?

Mas agora escrevo sobre o que mais me preocupa, e é melhor ‘jair me acostumando’, como dizem os filhotes do sábio Olavo de Carvalho, que já cantou a bola que o governo pode ruir em seis meses. Entregar a base de Alcântara, no Maranhão, tem o viés de crime de lesa-pátria. Nem mesmo os governos militares chegaram a tanto, em pleno auge da ditadura militar neste País.

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) firmado entre os dois países, é bom apenas para os EUA. “Economizaremos muito dinheiro”, celebrou Trump após o acordo selado, acrescentando que a parceria com o Brasil vai revitalizar a posição especial americana. Mas, o que ganhamos com isso?