Foto: Taciana Souza/Edição Ícaro Diniz

Publicado às 05h25 desta terça-feira (31)

O arquiteto urbanista, Ícaro Diniz, inovou em mais um projeto. A pérola da vez é a proposta de revitalização do Rio Pajeú. No projeto, explica porque ocorreu o alagamento e prejuízos no centro da cidade e, ainda garante que é possível transformar o cenário de Serra Talhada e alavancar o turismo e a economia.

Projeto Autoral por Ícaro Diniz

As necessidade para a revitalização seriam além do que existe na imagem, por exemplo, a orla poderia receber uma estreita faixa para passeio para pedestres e ciclistas. Leia a matéria abaixo e veja como isso pode se tornar possível.

As cidades brasileiras, com raríssimas exceções, tiveram a cultura de “virar as costas” para os rios, negando a sua existência para a cidade. Na maioria dos casos, antes de morrer, eles são locais para descarte de resíduos sanitários, públicos e privados.

Então, a culpa da morte dos rios está na conta de todos, mas não é sobre um culpado que quero falar e sim sobre como podemos trazer o rio de volta à vida.
Eu tenho total convicção, técnica e pessoal, de que, o que sobrou do nosso Rio Pajeú ainda tem um potencial ímpar para receber, em seu leito, a revitalização necessária para que ele possa ter um fundamental protagonismo na nossa cidade, e por todas as cidades do vale que margeia.

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Há exemplos de cidades como: Petrolina, com o Rio São Francisco, São Miguel do Iguaçu, com o Rio Paraná – SC, Palmas – TO, com o Rio Tocantins na praia dos Arnos, entre outros casos louváveis pelo Brasil afora. O que tem acontecido estes dias após as fortes chuvas na região é resultado do descaso que durante décadas ele recebeu.

É certo que, se você derramar um balde d’água num vaso raso, ele irá transbordar com facilidade. É necessário então que ele tenha uma certa profundidade para receber e absorver a quantidade correta desta água. E, é exatamente isso que tem acontecido com o nosso rio: o processo de assoreamento, pelo qual o seu leito se eleva em função do acúmulo de sedimentos e detritos levados para dentro dele pela água das chuvas, que move-se desde o alto Pajeú até o baixo, e que retira esse material por erosão de regiões desmatadas. Esse acúmulo interfere na topografia dos leitos e os impede de portar todo seu volume hídrico por ocasião de maior pluviosidade, provocando transbordamento e alagamento.

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Então, é possível entendermos agora porque o centro de Serra Talhada chegou a ficar intransitável e trouxe prejuízos a dezenas de pessoas. Ninguém para a água em seu curso natural, a não ser que se crie condições para que seu trajeto siga de maneira adequada. É este o papel do arquiteto e urbanista na cidade e na visão da transformação do território urbano.

Esta imagem representa a minha visão para a revitalização do Rio Pajeú de forma que o impacto desta proposta possa transformar o cenário da cidade. O crescimento com planejamento geraria índices positivos no turismo e consequentemente na economia da cidade.

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Eu, como profissional habilitado para exercer funções e atividades voltadas ao urbanismo, tenho estas e outras ideias significativas para o desenvolvimento da nossa cidade, e estou à disposição das autoridades competentes para desenvolver tais atividades que beneficiarão diretamente a sociedade.

Neste ano passaremos pelo processo de eleição dos representantes municipais, e para mim, seja quem for eleito, o meu pedido é: olhem para o Rio Pajeú e não só olhem, mas revitalizem o velho rio, que no passado foi a alegria do nosso povo!

Ícaro Diniz
Arquiteto & Urbanista